Uma quadrilha de traficantes de drogas sintéticas, que seria comandada pelo alemão Andreas Michael Leyendecker, de 60 anos, preso nesta quinta-feira pela 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema) do Rio de Janeiro, fatura cerca de R$ 500 mil por mês com a venda dos entorpecentes, segundo estimativas da polícia. De acordo com o delegado Felipe Santoro, titular da DP , as investigações prosseguem para identificar a origem da droga traficada pelo alemão.
Andreas foi condenado na Alemanha por participar de dois roubos a carros-fortes no país europeu, em 1990 e em 2005. Ele foi preso, em 2010, no posto de imigração de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, pela Polícia Federal. Na ocasião, ele era procurado pela Interpol e já tinha uma condenação na Justiça alemã pelo roubo de um carro-forte que transportava 1 milhão de marcos, em 1990. O criminoso confessou ainda ter roubado em 2005 outro carro-forte no mesmo país, carregado com 300 mil euros.
Após o crime de 1990, ele fugiu para o Brasil, mas foi preso no Rio de Janeiro, em julho de 1992, e extraditado, em abril de 1993, para a Alemanha, onde foi julgado e condenado pelo crime a cinco anos e três meses de prisão. Quinze meses depois, ele fugiu.
Em março de 2010, o Supremo Tribunal Federal decretou a prisão preventiva de Andreas para a extradição. Com informações de que ele poderia estar vivendo na Bolívia, a Polícia Federal passou a monitorar com mais intensidade as fronteiras, até que, utilizando seu nome verdadeiro, Leyendecker, tentou entrar no país, através de Corumbá e acabou sendo preso.
Um ano depois, alegando ter duas filhas brasileiras e uma companheira no país, Andreas requereu a revogação da prisão e a Embaixada da República Federal da Alemanha declarou ter desistido de sua extradição, tendo então o ministro Dias Toffoli decretado seu alvará de soltura.
Com informações do Extra
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