A mãe de Ian Barros Silva, de 19 anos, morto junto com o tio horas depois de terem furtado pacotes de carne na última segunda-feira (26) disse que os dois estavam tentando conseguir dinheiro para pagar pelos produtos que haviam tentado furtar no supermercado Atakadão Atakarejo, em Salvador. De acordo com a vendedora de materiais de limpeza Elaine Costa Silva, de 37 anos, a família estava buscando os R$ 700 necessários para pagar pelas peças de carne que tentaram levar, sem pagar, do estabelecimento.
“A gente estava correndo atrás do dinheiro. Um arranjou R$ 250, o outro, R$ 300. Mas eles não deram oportunidade de conseguir o restante e tiraram a chance de meu filho ser alguém na vida”, afirmou Eliane, em entrevista ao portal Uol.
Os corpos de Bruno e Ian foram encontrados no porta-malas de um carro na localidade em um bairro de Salvador com marcas de tiros e sinais de tortura nos cadáveres. A Polícia Civil e o Ministério Público do estado apuram o duplo homicídio e grupo atacadista afirmou estar colaborando para o esclarecimento do caso.
Segundo os familiares, após serem flagrados por seguranças do estabelecimento, Bruno ligou para uma amiga pedindo R$ 700 para pagar os produtos que teria furtado com Ian. Em um áudio enviado à mulher, Bruno afirma que “rodou” e admite que pegou a mercadoria.
Fotos que circulam por aplicativos de mensagens e redes sociais mostram ele e Ian, rendidos, sentados no pátio do supermercado e ao lado de quatro pacotes de carne. A família acredita que Bruno e Ian foram entregues pela segurança do supermercado a traficantes de uma comunidade próxima, onde teriam sido executados, o que é negado pelo grupo comercial.
As informações são do portal Metrópoles e do Uol