A polícia trabalha com uma nova linha de investigação para o desaparecimento do menino Erlon Gabriel, de 2 anos, visto pela última vez no dia 6 de fevereiro. Ele pode ter caído no igarapé que passa nos fundos da casa onde morava, no bairro União da Vitória, na zona oeste de Manaus.
Essa nova hipótese surgiu a partir da ida dos investigadores ao local, no final da rua 7, onde verificaram a área de alagado a poucos metros de onde o garoto brincava.
“A mãe nos confirmou que a criança ia brincar perto do igarapé, as vezes, sozinho. Não podemos descartar nenhuma hipótese, por isso, ontem, fizemos buscas com as equipes do Cipcães (Companhia de cães farejadores da PM) mas não encontramos nada”, revelou a delegada Joyce Coelho, que está a frente das investigações.
Investigadores da Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca), que apura o desaparecimento, contaram que essa área do igarapé tem muitos jacarés de aproximadamente dois metros de comprimento.
Carro preto
Apesar dessa nova linha de investigação, a Depca continua apurando a outra hipótese: de que o menino Erlon Gabriel, de 2 anos, foi levado da frente da casa dele por integrantes de um carro preto.
“A família esteve hoje aqui comigo na delegacia e estamos seguindo com a investigação. Acontece que a mãe não acredita em nenhuma outra possibilidade para o desaparecimento do filho, que não seja o sequestro”, explicou a delegada.
A mãe e o pai da criança têm passagens pela polícia por crimes de tráfico. Ele está preso desde 2018 e ela responde em liberdade.
Fake news
A polícia tem pedido que as pessoas parem de compartilhar notícias falsas pelas redes sociais sobre o caso Erlon pois, segundo a delegada do caso, além de abalar a família da criança, ainda coloca em risco várias famílias que têm crianças parecidas fisicamente com Erlon Gabriel.
“Várias pessoas já vieram aqui desesperadas pois estão sofrendo perseguições por terem filhos parecidos com o Erlon Gabriel. Por isso eu peço que não compartilhem informações falsas. Isso só causa mais sofrimento para a família. Então, quem tiver qualquer informação, liga para a polícia”, enfatizou a delegada Joyce Coelho.