O deputado Delegado Péricles (PL) criticou as despesas feitas no Cartão Corporativo do Governo Federal (CCGF) pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em sete meses de mandato. Até julho, o petista gastou cerca de R$ 8 milhões no cartão corporativo, considerado um valor recorde, superando os gastos dos primeiros meses de mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com Palácio do Planalto, a maior parte do montante foi utilizada em viagens internacionais realizadas pelo petista. De acordo com o balanço, divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo com base em dados do Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU), as faturas desses sete meses têm um valor médio de R$ 1,1 milhão por mês. Uma das faturas que mais se destaca é a do mês de junho, onde foram registrados gastos de quase R$ 2 milhões no cartão corporativo.
O detalhamento das faturas não foi divulgado pela CGU, com o argumento de que os gastos com alimentação e hospedagem são “sigilosos”, pois remetem à rotina presidencial e podem expor o petista a riscos.
“Em janeiro deste ano, Bolsonaro foi perseguido depois que o Palácio do Planalto divulgou uma planilha com os extratos dos cartões corporativos que ele utilizou ao longo do seu mandato, bem como os gastos de seus antecessores”, pontuou o deputado, que pediu a mesma seriedade ocorrida em outros governos na fiscalização destes gastos.
“Ao que parece, Lula já ultrapassou (Michel) Temer e Dilma (Rousseff) e está no rumo de extrapolar os valores gastos por Bolsonaro. O mínimo que se espera é que essa questão seja tratada com o mesmo rigor e transparência como se exigia no governo Bolsonaro”,