O governo de São Paulo criou uma força-tarefa para investigar o assassinato do empresário e delator do PCC, Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, morto a tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de Guarulhos na última sexta-feira. O coronel Fábio Sérgio do Amaral assinou um documento determinando o afastamento de oito policiais militares que escoltavam o empresário e que agora serão ouvidos pela Corregedoria da Polícia Militar.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que a participação dos agentes na escolta de um homem com ligações ao crime organizado pode resultar em punições. Durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (11), Derrite mencionou a possibilidade de crime militar por parte dos policiais envolvidos.
A Polícia Civil também está investigando a conduta dos agentes citados no acordo de delação firmado entre Gritzbach e o Ministério Público. O empresário, oito dias antes de sua morte, denunciou uma suposta extorsão praticada por policiais civis à Corregedoria.
Os policiais militares que escoltavam Gritzbach não conseguiram evitar o assassinato. Quatro deles foram contratados para protegê-lo na saída do aeroporto, mas não chegaram a tempo devido a uma falha mecânica em um dos veículos da escolta. Os celulares dos policiais foram apreendidos e estão sendo periciados, assim como o veículo que apresentou problemas.
O inquérito sobre a conduta dos militares foi instaurado pela Corregedoria há mais de um mês, antes da morte do delator. As investigações começaram após um policial desconfiar da postura dos seguranças que escoltavam Gritzbach em uma audiência no Fórum Criminal da Barra Funda. Os seguranças usavam o mesmo carro que supostamente quebrou na sexta-feira.
Com informações do jornal “O Globo”