Uma grande operação da Polícia Federal encontrou trabalhadores em situação análoga à escravidão no Amazonas. A ação, chamada de Operação Xapiri, ocorreu entre os dias 10 e 13 de março, nas proximidades de Borba.
A operação teve apoio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA), Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e Polícia Militar Ambiental.
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As investigações começaram após denúncias de conflitos entre garimpeiros e comunidades indígenas. As autoridades suspeitam que facções criminosas estejam coagindo indígenas a trabalhar no garimpo ilegal no Rio Madeira.
Trabalhadores resgatados em condições degradantes
Durante a operação, 25 trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão. Entre eles, dois eram menores de idade.
O MPT e a Auditoria Fiscal do Trabalho investigam os responsáveis pela exploração ilegal. Os trabalhadores foram resgatados e receberão apoio para deixar essa situação.
Destruição de dragas e combate ao crime
Além dos resgates, as forças de segurança destruíram 23 dragas e embarcações usadas no garimpo ilegal. O objetivo é enfraquecer a atividade criminosa na região.
As autoridades também atuaram na retirada de invasores de áreas protegidas. A ação busca desmantelar o esquema e identificar os líderes do crime.
Facções criminosas e exploração ilegal
O garimpo ilegal na Amazônia tem ligação com facções criminosas. Esses grupos exploram trabalhadores e degradam o meio ambiente.
Segundo dados do IBAMA, a extração ilegal de ouro na região cresceu nos últimos anos. O crime afeta comunidades indígenas e causa impactos ambientais severos.
Próximos passos da investigação
O foco agora é identificar os mandantes do esquema. Os responsáveis podem responder por crimes ambientais, trabalho escravo e associação criminosa.
O MPT e a PF seguem apurando os fatos para responsabilizar todos os envolvidos.
Denúncias e combate ao trabalho escravo
Casos como esse podem ser denunciados pelo Ministério Público do Trabalho. O canal de denúncias é sigiloso e pode ajudar a resgatar vítimas.
O combate ao trabalho escravo é prioridade das autoridades, que seguem monitorando áreas de risco.