Ver resumo
- Vereador de Joinville diz que SC pode virar um “favelão”.
- Mateus Batista ataca migrantes do Norte e Nordeste.
- Proposta de controle migratório gera revolta e moções.
- Santa Catarina é destino comum de migrantes do Pará.
Joinville (SC) – O vereador Mateus Batista (União) voltou a causar revolta nas redes sociais e no meio político após publicar um vídeo afirmando que Santa Catarina pode virar um “favelão” por causa da chegada de migrantes do Norte e Nordeste.
Ele comparou o estado ao Rio de Janeiro e disse que a culpa seria de estados como o Pará, que, segundo ele, “empurram sua população pra cá”. Batista chegou a chamar o Pará de “lixo” e o governador Helder Barbalho de “vagabundo”.
Discurso xenofóbico gera reações
Durante sessão na Câmara, a vereadora Vanessa da Rosa (PT) criticou duramente o colega. “Esse tipo de fala é xenofóbica e irresponsável. Joinville foi construída por migrantes”, afirmou.
Mesmo com as críticas, Batista reforçou sua proposta de controle migratório interno e disse que está trabalhando com o deputado federal Kim Kataguiri para aprovar um projeto de lei que permita aos municípios restringirem a entrada de novos moradores.
Vereador insiste em projeto polêmico
“Se não controlarmos o fluxo migratório, Santa Catarina vai explodir”, escreveu o vereador em uma postagem. Ele afirma que a proposta segue modelos usados por países como a Alemanha.
Batista também alega que a chegada de migrantes causa superlotação de hospitais, trânsito caótico e aumento da desordem social. Segundo ele, o estado recebe pouco retorno do que arrecada em impostos federais.
“Reitero, o estado do Pará é um lixo mesmo. Belém tem 57% da população favelizada. Minha crítica é à forma como o estado é governado”, disse Mateus.
Reações em todo o país
A Câmara de Belém aprovou uma moção de repúdio contra o vereador. Entidades de direitos humanos e lideranças sociais também se manifestaram contra o discurso.
De acordo com o IBGE, o Pará é o quarto estado com mais migrantes em Joinville, atrás apenas de Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul. Muitos atuam em áreas como construção civil, comércio e serviços.
Desde que começou a divulgar vídeos com esse tipo de conteúdo, Batista afirma que tem recebido ameaças de morte e já registrou boletim de ocorrência.
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