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- Quinze PMs foram presos e afastados no Espírito Santo.
- Investigação aponta envolvimento com facções e propina.
- Grupo teria lucrado R$ 2 milhões desde 2021.
- A palavra-chave “corrupção policial” aparece no caso.
Vitória (ES) – Um escândalo sacudiu a Polícia Militar do Espírito Santo. Quinze policiais militares foram presos e afastados por suspeita de envolvimento com facções criminosas. A decisão da Justiça saiu no início de setembro, após denúncia do Ministério Público do ES (MPES).
Segundo as investigações, os PMs recebiam propina, lavavam dinheiro, praticavam agiotagem e até revendiam drogas apreendidas. O esquema teria começado em 2021 e movimentado cerca de R$ 2 milhões.
PMs transformaram farda em fonte de lucro
As apurações fazem parte da Operação Argos e contam com provas obtidas na Operação Pardal, além de análises bancárias. O processo corre em sigilo.
O Tribunal de Justiça do Espírito Santo decretou a prisão preventiva e o afastamento dos policiais para proteger a imagem da corporação e garantir o andamento do processo.
O MPES também pediu o bloqueio de bens e o desconto de 30% dos salários dos investigados como forma de ressarcir os cofres públicos.
Parte dos policiais já estava presa
Dos 15 PMs investigados, nove já estavam presos e seis estavam em liberdade vigiada desde operações realizadas em julho nas cidades de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra.
Além dos policiais, outras sete pessoas foram alvos das ações do MP e da Corregedoria da PM.
“Desde 2021, esses policiais transformaram a atividade policial em fonte de renda ilícita”, afirmou o MPES.
Polícia Militar promete rigor na apuração
Em nota, a Polícia Militar do Espírito Santo afirmou que vai cumprir todas as determinações da Justiça e investigar os envolvidos. Disse ainda que os PMs podem sofrer sanções administrativas ou até demissão.
Leia a nota da Polícia Militar na íntegra
A Polícia Militar reforça seu compromisso com a transparência e a ética na prestação de informações, como forma de garantir o fiel cumprimento das leis, decretos e regulamentos. Reforça que está ciente dos fatos e que serão tomadas todas as medidas legais e administrativas pertinentes para apuração das condutas dos policiais envolvidos. A Polícia Militar informa ainda que será cumprida a determinação do TJES, os policiais envolvidos serão investigados internamente nas formas da lei, podendo sofrer sanções administrativas ou até demissionárias.
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