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Operação Asfixia prende PM e assessor da Prefeitura por informar tráfico em Petrópolis

por policia24h
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  • Polícia Civil e MP deflagraram nesta quinta-feira (2) nova fase da Operação Asfixia contra expansão do Comando Vermelho para Petrópolis a partir da Maré.
  • Doze pessoas foram presas, incluindo sargento da PM Bruno da Cruz Rosa e assessor municipal Robson Esteves de Oliveira, ambos informantes do tráfico.
  • Justiça expediu 18 mandados de prisão e bloqueou R$ 700 mil em bens da organização criminosa que usava Petrópolis como entreposto de drogas.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público iniciaram nesta quinta-feira (2) mais uma fase da Operação Asfixia, voltada ao combate da expansão territorial do Comando Vermelho. Desta vez, a iniciativa concentrou esforços na Região Serrana, principalmente em Petrópolis, onde a facção avançava a partir do Complexo da Maré, na Zona Norte da capital.

Desde o fim da madrugada, moradores relataram intensos tiroteios na região. Até a última atualização, 12 pessoas haviam sido presas. Entre os detidos estão um sargento da Polícia Militar e um assessor da Prefeitura de Petrópolis, ambos acusados de atuar como informantes do tráfico.

PM e assessor municipal entre os presos

Entre os principais alvos da operação estão Bruno da Cruz Rosa, sargento da PM lotado no 20º BPM (Mesquita), e Robson Esteves de Oliveira, assessor especial da Prefeitura de Petrópolis. Segundo as investigações, ambos forneciam informações estratégicas à organização criminosa.

O delegado Victor Barbosa informou que Bruno recebia benefícios financeiros. “Ele ganhava dinheiro para divulgar operações na Região Serrana”, afirmou. Robson também repassava dados sigilosos à facção, segundo a polícia.

Operação no Complexo da Maré

Agentes da 106ª DP (Itaipava) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), além de promotores do Gaeco/MPRJ, saíram para cumprir 18 mandados de prisão. A Justiça também determinou o bloqueio de cerca de R$ 700 mil em bens da organização criminosa.

Parte dos alvos foi procurada no Parque União, na Maré. A Core atuou com blindados e pelo menos dois helicópteros. As equipes foram recebidas a tiros logo na entrada da comunidade.

Petrópolis como entreposto de drogas

A 106ª DP descobriu que Petrópolis se tornou um entreposto do Comando Vermelho para distribuição de drogas na Região Serrana. A força-tarefa identificou 55 envolvidos no esquema.

Segundo as investigações, Wando da Silva Costa, conhecido como Macumbinha e chefe do CV para a Região Serrana, e Luis Felipe Alves de Azevedo, seu braço direito, se esconderam na Maré. De lá, coordenavam a logística de transporte dos entorpecentes para Petrópolis.

Wando e Luis não foram encontrados. Ambos já são considerados foragidos pelas autoridades.

Impactos em serviços públicos

A operação afetou diretamente o funcionamento de serviços essenciais no Complexo da Maré. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 16 unidades escolares foram impactadas pelos confrontos. A Secretaria Estadual de Educação informou que duas escolas precisaram ser fechadas na região.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma Clínica da Família interrompeu completamente o funcionamento. Outra unidade suspendeu atividades externas, como visitas domiciliares.

Prefeitura afasta assessor imediatamente

A Prefeitura de Petrópolis divulgou nota informando que não tinha conhecimento sobre qualquer atividade ilícita praticada por Robson Esteves. Segundo a administração municipal, o assessor atuava na Secretaria de Serviços há alguns anos.

“Diante da gravidade dos fatos, o prefeito determinou a imediata exoneração do assessor“, informou a prefeitura. A administração se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

Polícia Militar inicia processo disciplinar

A Assessoria de Imprensa da PM informou que a 7ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, subordinada à Corregedoria-Geral, acompanhou o cumprimento do mandado de prisão contra Bruno da Cruz Rosa.

O policial será conduzido à Unidade Prisional da SEPM, localizada em Niterói. Ele responderá a um processo administrativo disciplinar, que avaliará sua permanência nos quadros da corporação.

“O comando da corporação reitera que não compactua com desvios de conduta ou crimes cometidos por seus integrantes”, destacou a nota oficial.

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