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Balonismo no Brasil tem 10 mortes em 1 semana

por policia24h
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Balonismo no Brasil tem 10 mortes em 5 semanas
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  • Em cinco semanas no Brasil, ocorreram quatro acidentes com balão, causando pelo menos 10 mortes e cerca de 34 feridos.
  • Pilotos em pelo menos dois casos atuavam sem licença ou em condições irregulares, segundo ANAC e CBB.
  • Regulamentação segue sob RBAC 103, mas há reforço na fiscalização e debate para melhorar segurança no balonismo.

Entre 15 de maio e 21 de junho de 2025, o Brasil registrou quatro acidentes com balões de ar quente, resultando em pelo menos 10 mortes confirmadas e cerca de 34 feridos.

O caso mais grave ocorreu em Praia Grande (SC), em 21 de junho, onde um balão com 21 pessoas pegou fogo e caiu. O incidente causou ao menos 8 mortes e 13 feridos, com possibilidade de o total de vítimas fatais chegar a oito.

Acidentes recentes e dados consolidados

Os acidentes registrados nas últimas cinco semanas ocorreram em:

  • Capela do Alto (SP) – 15/06: 1 morto, 10 a 11 feridos, piloto sem licença.
  • Boituva (SP) – 18/06: 1 morto, 11 feridos, voo comercial especial.
  • Maresias (SP) – 19/06: pouso forçado em pousada, sem feridos.
  • Praia Grande (SC) – 21/06: 8 mortos, 13 feridos, incêndio em voo.

Somando os dados, foram quatro acidentes em cinco semanas, sendo dois graves, um leve e um muito grave.

Balonismo no Brasil tem 10 mortes em 5 semanas
Balão com 35 passageiros cai no interior de SP. (Fotos: Reprodução)

Como funciona a regulamentação do balonismo

Voos recreativos de balão são regulamentados pela ANAC sob o RBAC 103, que exige:

  • Cadastro do piloto e da aeronave.
  • Voo apenas diurno e em condições visuais.
  • Proibição de sobrevoar áreas urbanas ou eventos sem autorização.
  • Assinatura de termo de risco pelos passageiros.

Voos comerciais, como os que ocorrem em Boituva e Capela do Alto, exigem ainda a certificação técnica conforme o RBAC 61 e habilitação do piloto. Esses voos devem ser cobertos por seguro aeronáutico.

Fiscalização limitada e falhas recorrentes

A ANAC reconhece que o balonismo enfrenta lacunas na fiscalização e que a maioria dos acidentes se deve à violação de normas básicas.

O CENIPA também investiga as causas dos acidentes e alerta para o “risco baloeiro”, principalmente em eventos não controlados ou operados por pilotos não habilitados.

Medidas e propostas em debate

Diante dos acidentes recentes, a ANAC incluiu a revisão da regulamentação do balonismo em sua agenda regulatória 2025–2026. As mudanças discutidas incluem:

  • Certificação obrigatória para voos comerciais.
  • Controle mais rígido em áreas turísticas como Boituva e Praia Grande.
  • Participação dos municípios na fiscalização de pousos e decolagens.

O Sebrae e entidades de turismo pedem segurança jurídica para operadores legais, sem afetar voos recreativos.

Dicas para quem quer voar com segurança

Antes de contratar um voo de balão, é importante:

  1. Verificar se a empresa e o piloto estão registrados na ANAC.
  2. Solicitar comprovação do seguro aeronáutico.
  3. Recusar voos com excesso de passageiros.
  4. Evitar empresas que operam fora de horários e locais regulamentados.

Fiscalização precisa ser maior

Os acidentes recentes com balões no Brasil revelam uma urgência: fortalecer a fiscalização e modernizar a regulação do setor. Com medidas preventivas e políticas claras, é possível manter o balonismo como uma atividade segura e sustentável.

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