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- Jean Machado Ribas foi condenado por manter a esposa em cárcere por cinco anos.
- Ele recebeu pena de seis anos de reclusão em regime inicial semiaberto.
- O caso de cárcere privado em Itaperuçu começou com pedido de socorro por e-mail.
- Jean ficou 29 dias foragido antes de se entregar à polícia em abril.
Itaperuçu (PR) – O caso de cárcere privado em Itaperuçu ganhou novo capítulo após a Justiça soltar Jean Machado Ribas, 23 anos, um dia depois de ele ser condenado por manter a própria esposa presa por cinco anos.
Jean estava preso preventivamente desde abril e foi julgado em 19 de novembro. A Justiça condenou o réu a seis anos de reclusão, mas em regime inicial semiaberto. Por isso, a prisão foi revogada no mesmo dia e, na quinta-feira (20), ele deixou a cadeia.
Cárcere privado em Itaperuçu chocou moradores
O caso veio à tona em 14 de março, quando a vítima conseguiu pedir socorro por e-mail para a Casa da Mulher Brasileira. No pedido, ela relatou que vivia trancada com o filho de 4 anos.
Duas semanas antes, a mulher já tinha tentado escapar. Ela deixou um bilhete de socorro em um posto de combustíveis, mas, na época, nem ela nem o marido foram encontrados pelas autoridades.
Pedido de socorro e prisão do acusado
Depois do e-mail, a polícia resgatou mãe e filho e prendeu Jean em flagrante. No entanto, ele foi solto dois dias depois. No terceiro dia, a Justiça decretou novamente a prisão, mas o homem já não foi mais localizado.
Jean ficou 29 dias foragido e só se apresentou à polícia em 16 de abril. Desde então, ele respondia ao processo preso preventivamente até o julgamento em novembro.
Condenação por cárcere privado e regime semiaberto
Na sentença, a Justiça definiu pena de seis anos de reclusão em regime inicial semiaberto. Como ele já estava preso preventivamente, o juiz revogou a prisão no mesmo dia do julgamento.
Com isso, Jean foi liberado na quinta-feira (20). No regime semiaberto, o condenado cumpre pena em colônia penal, com possibilidade de saídas controladas, conforme regras definidas pela Justiça e pela administração prisional.
O caso segue gerando revolta e debate sobre a proteção de vítimas de violência doméstica e sobre o funcionamento do sistema de Justiça. Órgãos de defesa da mulher reforçam a importância de denunciar situações de ameaça e agressão.
Mulheres em situação de risco podem buscar ajuda em delegacias especializadas, na Defensoria Pública e pelo telefone 180, da Central de Atendimento à Mulher.
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