Uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT), com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), localizou 10 trabalhadores estrangeiros trabalhando em condições análogas à escravidão, após receberem denúncia que o crime estava ocorrendo em uma local na zona Leste de São Paulo. A ação foi deflagrada na sexta-feira (05).
No local, uma indústria de confecção, foi percebida a presença dos 10 trabalhadores, incluindo uma adolescente colombiana de 17 anos de idade que afirmou ter vindo ao Brasil em janeiro a fim de trabalhar na confecção. Segundo o relato da vítima, as condições encontradas eram totalmente diferentes das oferecidas.
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A adolescente informou ter sua liberdade restrita e que recebe cerca de R$800,00 por mês. Desse valor, abaixo do salário mínimo vigente, de R$ 1.320,00, ainda eram descontados itens como alimentação, moradia e passagem. A adolescente também alegou estar sendo vítima de assédio sexual por parte do empregador, tendo entregue áudios comprobatórios da prática aos membros do MPT.
Diante dos fatos, a jovem foi encaminhada para o Centro Pastoral do Migrante (CAMI) e o empregador, um homem de origem boliviana, foi preso em flagrante e apresentado à Delegacia de Polícia Federal, onde a autoridade policial autuou o homem pelo crime de tráfico internacional de pessoas.