O cantor Eduardo Costa virou réu, após a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), nesta quinta-feira (03). O cantor e o sócio envolvido devem apresentar resposta às acusações em 10 dias.
Segundo a denúncia do MP-MG, o sertanejo e o cunhado e sócio dele Gustavo Caetano Silva, negociaram um imóvel em Capitólio, no Sul de Minas e omitiram a informação de que o terreno era alvo de ações judiciais, obtendo “vantagem ilícita”.
Relembre o caso
As investigações iniciaram em 2017. Segundo a Polícia Civil, Eduardo Costa negociou o imóvel em Capitólio em troca de uma casa, de propriedade de um casal, na Região da Pampulha, em BH, avaliada em R$ 9 milhões.
Na época, a polícia afirmou que o imóvel em Capitólio valia entre R$ 6,5 milhões e R$ 7 milhões. No entanto, de acordo com a denúncia do MP-MG, o terreno foi avaliado em R$ 5,6 milhões. A diferença de valores seria paga pelo cantor com uma lancha, um carro de luxo e uma moto aquática.
Somente ao tentar registrar o imóvel de Capitólio, de cerca de quatro mil metros quadrados, o casal soube que ele era alvo de uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) e de uma ação de reintegração de posse com pedido de demolição de construção ajuizada por Furnas Centrais Elétricas.
O MPF pedia a retirada de todas as construções existentes em uma faixa de 100 metros, a partir da margem do Lago de Furnas, do imóvel.
Em sua defesa, o cantor Eduardo Costa disse em seu depoimento em 2018 que não agiu de má fé, e que o casal sabia das condições do terreno.