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Filho de Bolsonaro é alvo de operação contra lavagem de dinheiro

por Raphael
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Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um dos alvos de mandado de busca e apreensão em operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (24) pela Polícia Civil do Distrito Federal. Agentes buscam provas para investigação contra um grupo criminoso suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Policiais civis do Distrito Federal cumprem dois mandados de busca e apreensão e cinco de prisão em Brasília e em Balneário Camboriú, em Santa Catarina – cidade onde mora Jair Renan, que está lotado em escritório do senador Jorge Seif (PL-SC). Agentes fizeram buscas em dois endereços ligados ao filho ’04” do ex-presidente: um apartamento em Santa Catarina e outro no Sudoeste, área nobre de Brasília. Entre outras coisas, apreenderam um celular de Jair Renan.

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O principal alvo da operação é o suposto mentor do esquema e já foi alvo de duas ações da Polícia Civil do DF neste ano, as operações ‘”Succedere” e “Falso Coach”. Maciel Carvalho, de 41 anos, era instrutor de tiro de Jair Renan, amigo íntimo do filho do ex-presidente e foi preso em janeiro deste ano, sendo solto depois. Voltou a ser preso na manhã desta quinta, em seu apartamento, em Águas Claras, bairro de classe média do DF.

Maciel, que se apresenta também como influenciador digital, já foi empresário de Jair Renan e responde a processos criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo.

Jair Renan já foi investigado por suposto tráfico de influência, quando o pai estava na Presidência da República. Ele chegou a ter um camarote cedido pela administradora do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha para gravar vídeos que postava na internet quando se apresentava como influenciador digital e empresário, dono da Bolsonaro Jr Eventos e Mídia. O espaço foi reformado por empresário que tinha contratos com o governo.

A cobertura com fotos e vídeos da festa de inauguração da empresa do “04”, no Mané Garrincha, foi realizada gratuitamente por uma produtora que tem contratos com o governo federal. Jair Renan pediu ao gabinete da Presidência da República uma audiência para tratar de interesses comerciais de um de seus patrocinadores do Espírito Santo. Empresas capixabas chegaram a doar um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil para um projeto parceiro da Bolsonaro Jr Eventos e Mídia.

Além de Maciel e Jair Renan, os agentes buscam nesta quinta-feira um outro alvo da operação, que já era procurado pelo crime de homicídio em Planaltina, cidade-satélite do DF.Eduardo Alves dos Santos, que está foragido, é investigado como “testa de ferro” do esquema.

Crimes envolvem uso de laranjas, segundo a polícia

A investigação é comandada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor). O grupo agiria a partir de um laranja e de empresas fantasmas, usadas pelo alvo da operação desta quinta-feira e seus comparsas, segundo a Polícia Civil.

“A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, ‘testa de ferro’ ou ‘laranja’, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas ‘fantasmas’, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”, diz nota da Polícia Civil.

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