Justiça do AM nega prisão de Davi Brito por violência psicológica

Ex-BBB virou réu por violência doméstica contra a modelo Tamiris Assis, mas responde em liberdade

por policia24h
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Em agosto de 2024, a Polícia Civil do Amazonas pediu à Justiça a prisão de Davi Brito, campeão do Big Brother Brasil 24, acusado de violência psicológica contra sua ex-namorada, a modelo Tamiris Assis. O inquérito concluiu que Davi teria incentivado seus fãs a atacarem a modelo nas redes sociais após ela obter medidas protetivas.

Desde então, oito meses se passaram sem que a Justiça decida se acata ou não o pedido de prisão preventiva. Enquanto isso, Tamiris continua sendo alvo de ataques virtuais.

A informação foi revelada com exclusividade pelo Jornal do Amazonas 1ª Edição, do Grupo Rede Amazônica.

“Minha vida ficou devastada. Não me reconhecia mais”, desabafou a modelo ao Jornal do Amazonas 1ª Edição.

Davi Brito é réu por violência psicológica

Em abril de 2025, a Justiça do Amazonas aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra Davi. Ele passou à condição de réu, acusado com base na Lei Maria da Penha, especificamente pelo crime de violência psicológica.

Apesar disso, Davi responderá ao processo em liberdade. A decisão causou indignação na defesa da vítima, que ainda aguarda uma resposta sobre o pedido de prisão feito pela Polícia Civil em 2024.

“É impunidade. O Código Penal prevê prisão para violência psicológica”, disse Danielle Uchôa, advogada de Tamiris.

Segundo ela, a ausência de uma resposta clara do Judiciário reforça a sensação de abandono vivida por mulheres vítimas de violência doméstica.

Modelo relata ataques após fim do relacionamento

A violência teria começado após o fim do namoro. Em uma viagem para Salvador, Tamiris foi surpreendida por uma ligação de Davi. Ela contou que ele a xingou e tentou silenciá-la depois que ela postou uma foto dizendo que estava bem:

“Ele disse que eu era burra, que não sabia usar a internet, que eu tinha que me calar”, afirmou a modelo.

Pouco depois, começaram os ataques nas redes sociais.

“Foi pesado. Minha vida parou. Eu só pensava nisso. Queria voltar a ser eu mesma”, relatou.

Defesa critica silêncio da Corregedoria

Diante da demora da Justiça, os advogados de Tamiris protocolaram uma queixa na Corregedoria do Tribunal de Justiça do Amazonas em outubro de 2024. Até agora, segundo a defesa, não houve retorno.

“Fomos à Corregedoria pedir providências e não tivemos resposta”, disse Danielle Uchôa.

Em nota, o TJ-AM afirmou que todas as medidas protetivas solicitadas pela vítima foram concedidas e continuam em vigor. O tribunal também informou que respondeu à reclamação em dezembro, mas a advogada alega que não recebeu qualquer notificação oficial.

Por se tratar de um caso com base na Lei Maria da Penha, o processo corre em segredo de Justiça.

Entenda o que diz a lei sobre violência psicológica

A violência psicológica contra a mulher é crime previsto no artigo 147-B do Código Penal Brasileiro. A pena pode chegar a dois anos de prisão, além de outras sanções. Esse tipo de violência pode incluir:

  • Ameaças e xingamentos
  • Controle da vida da vítima
  • Tentativas de silenciamento
  • Manipulação emocional
  • Incitação ao ódio, como no caso de campanhas virtuais

Segundo especialistas, não é necessário haver agressão física para que o crime se configure. A simples prática de atos que causem sofrimento emocional já pode justificar medidas penais e protetivas.

Davi Brito foi preso recentemente por outro motivo

Na madrugada de 17 de abril, Davi Brito foi preso em Salvador durante uma blitz da Lei Seca. Ao avistar a fiscalização, ele tentou simular uma pane mecânica. Agentes constataram sinais de embriaguez.

Davi admitiu ter ingerido bebida alcoólica. Foi encaminhado à Central de Flagrantes e liberado após pagar fiança.

Em tom de deboche, comentou o episódio nas redes sociais:

“Soltei meu primeiro cliente”, escreveu, fazendo referência ao fato de estar estudando Direito.

A prisão por embriaguez ao volante não tem relação direta com o processo de violência doméstica, mas reforça a exposição do ex-BBB, que agora enfrenta duas frentes de problemas judiciais.

Veja a reportagem completa da Rede Amazônica

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