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Valor gasto por Braga em monumento à Ponte Rio Negro seria suficiente para 30 UTI’s em Manaus

por policia24hAM
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Um monumento erguido ao custo de R$ 5,54 milhões aos cofres públicos, idealizado e inaugurado pela gestão do então governador do Amazonas, Eduardo Braga (MDB), se destaca na avenida Brasil, na altura do bairro Compensa, na zona Oeste de Manaus, pela mistura da deterioração do espaço e desperdício de verbas em sua construção.

O valor, que seria suficiente, para implantar cerca de 30 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), virou, entretanto, uma condenação à então secretária de Estado de Infraestrutura da gestão de Eduardo Braga, Waldívia Alencar, no valor de R$ 2,1 milhões, sob a justificativa de superfaturamento. A condenação é derivada de representação do Ministério Público de Contas (MPC). Waldívia também foi multada, à época, em R$ 8,7 mil, por ausência de justificativas técnicas para alterações contratuais.

Leia mais: Dados do CNE desmentem afirmação de Braga sobre falta de UTI’s em Parintins

Alvo de investigação, os gastos utilizados no monumento poderiam ter se transformado em leitos que, anos depois, teriam amenizado os impactos da pandemia da Covid-19 no Estado. Atualmente, segundo o CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), além de Manaus, o Amazonas conta com 31 leitos nessa modalidade, distribuídos em três municípios distantes da capital: Parintins, Tefé e Tabatinga, criados na atual gestão do governador Wilson Lima (União Brasil), diante do aumento de casos de pessoas infectadas pelo coronavírus.

O número de leitos que poderiam ser criados com o valor considera os R$ 5,54 milhões investidos na obra, e o custo da implantação de um leito de UTI que, segundo um estudo publicado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), correlacionado à pandemia da Covid-19, é de R$ 180 mil. O estudo tem como temática o custo do enfrentamento da pandemia da Covid-19.

O estudo também aponta que a manutenção de um leito de UTI custa entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil ao dia. Por essa lógica, R$ 5,54 milhões seria suficientes para manter 1,84 mil diárias. Ou, mais de 60 leitos de UTI por um mês, sobrando ainda uma reserva financeira para eventualidades.

Com informações do site Amazônia Plural.

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