Luciano Bivar, presidente do União Brasil (UB), afirmou que o ex-deputado do Amazonas, Pauderney Avelino, não seguiu as regras do estatuto do partido para sua recondução ao cargo de presidente regional, que ocorreu no dia 26 de abril deste ano, em Parintins, no interior do Amazonas.
Em nota assinada por Bivar, o partido afirmou que o “Poder Judiciário reconheceu que os trâmites legais para a realização da convenção estadual não foram seguidos, em desrespeito ao que prevê o Estatuto do partido, principalmente no que diz respeito à transparência e ao quórum necessário para votação” e que “a Comissão Executiva Nacional nunca validou qualquer ato, pois nulidades absolutas não podem ser validadas”.
Essas informações contradizem o que foi afirmado por Pauderney durante a coletiva realizada nesta segunda-feira (22), quando o ex-deputado disse que “não houve qualquer contestação no âmbito administrativo nacional” em relação à sua recondução ao cargo.
A convenção reconduziu o ex-parlamentar à direção do partido, mas houve protestos de políticos alegando que Pauderney manipulou a convenção.
Na última quinta-feira (17), o juiz José Renier da Silva Guimarães, da 5ª Vara Cível e de Trabalho da Comarca de Manaus, emitiu uma decisão urgente suspendendo a validade da convenção estadual.
Ainda nesta segunda-feira (22), a desembargadora Socorro Guedes, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), rejeitou o recurso do ex-deputado federal contra a decisão.
Socorro Guedes afirmou que não houve tempo para a inscrição de chapas concorrentes e que o edital não informou o número de membros necessários para os diretórios, conforme previsto no estatuto do partido. Além disso, Pauderney não conseguiu comprovar que atendeu ao quórum mínimo de votação.
Além de perder a presidência do UB, Pauderney também foi exonerado da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) no dia 18, deixando o governo Wilson Lima.
