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Vereadores cobram capacitação da Guarda Municipal após sessão de tortura em Manaus

por policia24h
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Foto: Divulgação

Após a prisão de um guarda municipal acusado de tortura em Manaus, vereadores cobraram mais capacitação para a categoria. O caso gerou revolta e foi debatido nesta terça-feira (29) na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

O agente Francisco das Chagas Eugênio de Araújo foi preso após ser flagrado agredindo um morador em situação de rua no Centro da cidade. O vídeo mostra o servidor batendo na vítima e fazendo ameaças: “Desmaia, descansa aí que depois vai tomar outro pau”.

Guarda municipal preso por tortura em Manaus

O caso aconteceu na última quinta-feira (24), entre a avenida 7 de Setembro e a rua Gabriel Salgado, na zona sul. A Justiça do Amazonas decretou a prisão preventiva do guarda, que agora responde por tortura.

Além dele, outros seis agentes estão sendo investigados por omissão. Eles estavam no local e não impediram a agressão.

Vereadores cobram capacitação e resposta da prefeitura

Durante a sessão, o vereador Coronel Rosses (PL) criticou a falta de ação da Secretaria Municipal de Segurança (Semseg). Segundo ele, não houve apoio à vítima e nem respostas sobre o treinamento dos guardas.

“Foi um fato lamentável. Cadê o amparo a esse morador em situação de rua?”, questionou. Rosses disse que enviou requerimento pedindo dados sobre a formação dos agentes, mas não teve retorno.

Ele contou ainda que esteve em Niterói (RJ) buscando parcerias para treinar os guardas de Manaus. A cidade fluminense ofereceu quatro vagas para intercâmbio, mas a prefeitura não demonstrou interesse.

“Sem preparo, não há controle”, diz vereador

Rosses reforçou que a única forma de evitar abusos é com capacitação, educação e treinamento sob pressão. “Tem que estar preparado para lidar com situações de rua”, disse.

O vereador Zé Ricardo (PT) também criticou a falta de políticas públicas. “Não é com repressão que se resolve. É preciso acolhimento e assistência”, afirmou.

Guarda não pode ser criminalizada, diz base do prefeito

O vereador Gilmar Nascimento (Avante), da base do prefeito David Almeida, pediu cautela. Para ele, não se pode culpar toda a corporação por causa de um agente.

“Casos assim ocorrem em várias polícias. Não podemos generalizar”, disse. Gilmar também falou sobre o impacto psicológico da profissão e defendeu que o agente tenha sua conduta apurada com justiça.

“Nada justifica a agressão, mas é preciso entender o que levou àquilo. O secretário agiu, a prefeitura respondeu”, completou.

Justiça e Polícia investigam o caso

A juíza Patrícia Macedo de Campos atendeu ao pedido da Polícia Civil e decretou a prisão preventiva do guarda. A investigação agora apura também a omissão dos outros seis agentes que estavam no local.

O vídeo com as agressões circula nas redes sociais e causou indignação. A vítima, que ainda não teve o nome divulgado, segue sob cuidados.

  • Guarda municipal preso por tortura em Manaus
  • Seis agentes investigados por omissão
  • Vereadores cobram capacitação e políticas públicas
  • Prefeitura ainda não se manifestou oficialmente

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