A carreata ocorrida na manhã deste domingo, dia 19, com início na avenida das Torres e finalizada na Ponta Negra, na zona oeste, deixou um rastro de aglomeração e serviu de exemplo do que não deve ser feito durante uma pandemia.
O movimento, que supostamente tem motivação política, não considerou sequer as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de distanciamento de dois metros entre pessoas e o uso de máscaras para evitar a disseminação do novo coronavírus, que tem quase dois mil casos registrados em Manaus.
Muitas pessoas estavam sem o equipamento de proteção individual, próximas umas das outras, gritando e filmando o momento no celular, sem se preocupar se estavam ou não sendo contaminadas.
Além de deixar o trânsito lento, o movimento resultou em pânico e revolta entre moradores do trecho escolhido para a carreata. “Não acredito que em meio a uma pandemia, com dezenas de mortes em Manaus, as pessoas ainda tenham coragem de sair de casa e arriscar suas vidas e de seus familiares com uma possível contaminação. É muita falta de bom senso”, frisou uma enfermeira moradora da avenida das Torres, que não quis se identificar.

“Enquanto nós estamos nos hospitais, deixando nossas famílias em casa preocupadas, as pessoas não tem a consideração de manter o isolamento social. É lastimável o que aconteceu em Manaus com esse tipo de atitude. Depois, a culpa é do poder público, mesmo as pessoas não tendo feito sua parte”, concluiu.