Os hospitais do Peru estão enfrentando a mesma situação que Manaus vivenciou há um mês: a falta de oxigênio já é um perigo real para o país vizinho, que viu a demanda pelo insumo triplicar nos últimos dias.
Isso se deu devido as variantes da Covid-19, que se espalha mais rápido e mais fácil. “O vírus com o qual começamos (a lidar) não é o mesmo que temos hoje”, disse a ministra da Saúde do Peru, Pilar Mazzetti.
A fala da ministra se refere ao alerta sobre o perigo do País enfrentar uma crise de fala de oxigênio nos hospitais. Já havia a previsão de que a demanda aumentasse, mas o país não estava preparado para que o crescimento fosse tão grande.
“O cálculo inicial da quantidade de oxigênio necessária, que pensávamos que fosse dobrar, triplicou. Ou seja, temos um incremento de 300% (na necessidade de oxigênio)”, disse Mazzetti.
De acordo com a ministra, o Peru tem acesso a 400 toneladas de oxigênio por dia, mas a necessidade dos hospitais é de 510 toneladas. O deficit é de 110 toneladas diárias.
Peru vive situação que Manaus passou com oxigênio em falta no hospitais
A situação atual do Peru é parecida com o cenário de Manaus no mês de Janeiro.
A quantidade de vítimas internadas pela doença que precisavam do Oxigênio aumentou exponencialmente. Mas, a produção não acompanhou esse crescimento.
A situação alarmante aconteceu nos dias 14 e 15 de Janeiro. Já na madrugada do dia 16, o governado do Amazonas, Wilson Lima, recebeu 70 mil metros cúbicos de oxigênio, por meio de balsas, oriundos da cidade de Belém (PA).
Estado do Pará também ficou sem oxigênio
Menos de uma semana depois de ajuda o Amazonas, o Pará viu o estoque do gás diminuir, a exemplo do que aconteceu no estado vizinho.
Pelo menos seis pessoas morreram em 24 horas por asfixia no município de Faro, segundo a prefeitura da cidade de 12 mil habitantes.
Mas logo na manhã seguinte, o prefeito Paulo Carvalho conseguiu comprar 20 balas de oxigênio na cidade de Santarém (PA). Além de Santarém, Faro também costuma comprar suprimentos de oxigênio em Manaus, no Amazonas.
No peru, a situação segue indefinida. A falta oxigênio motivou o país a tornar o isolamento social mais rígido.
Ainda na quarta-feira, a primeira-ministra peruana Violeta Bermudez anunciou a extensão da quarentena de 15 a 28 de fevereiro em 32 províncias de alto risco.
* Com informações da CNN Brasil