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- Médico foi preso em Manaus por ceder plantões a falso profissional.
- Falso médico atendia crianças e pessoas vulneráveis sem formação.
- Conversas e documentos revelaram a parceria criminosa entre os dois.
- O médico preso por repassar plantões a falso profissional foi indiciado por quatro crimes.
Manaus (AM) – Um médico de 42 anos foi preso nesta terça-feira (5), durante a segunda fase da Operação Hipócrates, suspeito de repassar seus plantões em unidades de saúde para um falso profissional. A prisão ocorreu na residência do médico, após mandado expedido pela Justiça.
Segundo o delegado Cícero Túlio, o médico cedia seus turnos de trabalho a Gabriel Ketzer da Silva, de 28 anos, estudante de educação física, que já havia sido preso em abril por atuar como médico sem formação. Ketzer atendia principalmente crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade.
Falso médico já havia sido preso por outro crime
Gabriel Ketzer foi detido pela primeira vez em 2021, por se passar por oficial das Forças Armadas. Na primeira fase da operação, em abril, ele voltou a ser preso por atuar ilegalmente como médico em Manaus.
A investigação avançou após a análise de dados telemáticos do celular de Ketzer, apreendido em abril, e documentos encontrados em um instituto de saúde fundado pelo médico. As conversas entre os dois revelaram que o médico autorizava o falso profissional a assumir seus plantões em clínicas e unidades públicas de saúde.
Prisão preventiva e indiciamentos
Com base nas provas, o delegado solicitou a prisão preventiva do médico, que foi cumprida com apoio da Polícia Civil. Um mandado de busca e apreensão também foi executado na casa do suspeito, onde foram recolhidos documentos que serão usados para complementar o inquérito.
O médico foi indiciado por falsa identidade, falsidade ideológica, estelionato contra vulnerável e falsidade material de atestado. Ele está à disposição da Justiça.
Secretaria de Saúde acompanha o caso
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) informou que está colaborando com as investigações e instaurou um processo de sindicância para apurar a conduta do médico, que já foi afastado de suas funções.
Além disso, a SES-AM está revisando os atendimentos realizados durante o período em que o médico esteve em atividade para verificar possíveis irregularidades.
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