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AM embargou 19 balsas por aglomeração na pandemia

por Raphael
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Pelo menos 19 embarcações do tipo balsas foram embargadas no estado do Amazonas só neste ano de 2021 por aglomeração em descumprimento às medidas de segurança, incluindo as de prevenção contra a covid-19. A reportagem é da revista Época, que destaca o comportamento desafiador de empresários e passageiros que contrariam as medidas de prevenção contra a covid-19 e insistem em realizar festas e aglomerações.

Segundo os dados repassados pela Central Integrada de Fiscalização (CIF) já foram realizadas 252 abordagens a embarcações desde o começo do ano. Nesse período, 44 irregularidades foram identificadas pelas autoridades, e das 19 embarcações embargadas, 11 transportam mais passageiros que o permitido e não mantinham os cuidados básicos como distanciamento, uso de álcool em gel e máscaras.

A última foi registrada no domingo, 18, quando a CIF interditou a balsa Anna Karoline II, antes que um passeio com mais de 800 pessoas fosse iniciado, partindo da capital Manaus. O barco tem capacidade para 910 passageiros, mas como as medidas restritivas que estão em vigor no estado, somente seriam permitidos até 50% da capacidade, ou seja, somente 455 pessoas poderiam embarcar. 

Leia mais: Barco é interceptado com quase mil pessoas em passeio

“Era visível que havia excedido o limite. Tinha, certamente, mais de quinhentas pessoas embarcadas, além de outras trezentas pessoas, aproximadamente, aguardando e causando aglomeração”, explicou.

João Rufino, diretor-presidente da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado do Amazonas  (Arsepam)

Em imagens divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, é possível ver, a exemplo de outras balsas, muitas pessoas em aglomeração, sem máscara e agrupadas, dentro e fora da embarcação, que já se preparava para seguir a uma “rave” com passeio pelo interior dos rios do Amazonas.

“Nós percebemos que, nas últimas duas semanas, houve um aumento da demanda por esses passeios”, conta. “No Amazonas, as pessoas não estão entendendo que a flexibilização é gradativa. Que algumas coisas estão sendo permitidas, mas não está tudo liberado. Há essa falta de consciência também, que acaba gerando esse tipo de situação. Se não houvesse demanda por isso, certamente não haveria esse espaço”, completa Rufino.

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