O relato foi dado a equipe da delegada Joyce Coelho, da Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca), assim que a menina de seis anos foi ouvida pela equipe de psicólogos, ainda em novembro de 2019, quando o caso chegou para eles.
“Ela tinha uma fala muito adulta para uma criança daquela idade. Além disso, o exame dela deu positivo para a conjunção carnal”, contou a titular da Deapca.
O caso de mais essa criança abusada sexualmente por um parente só chegou a polícia porque a menina relatou dores na região genital a uma professora. Assustada, a docente fez algumas perguntas a menina, foi quando ela contou os abusos sexuais.
Horrorizada, a professora fez a história chegar ao Conselho Tutelar e, posteriormente, a Polícia Civil.
Segundo a delegada Joyce Coelho, o abusador era o padrasto, de 27 anos, e, pelos relatos da vítima, a mãe da criança sabia de tudo. “Ela contou que via a mãe e o padrasto fazendo sexo. Eles gravavam no celular e depois eles deixavam ela assistir. Há uma relato de que, inclusive, a mãe já havia presenciado o padrasto abusando da criança”, relatou Coelho.
Prisão
Assim que o caso chegou a Depca, a polícia tratou de pedir a prisão preventiva do abusador. Ele, ao saber da denúncia, saiu de casa e tomou rumo incerto.
A criança foi deixada sob a guarda da família paterna e a mãe passou a condição de suspeita.
Na tarde dessa terça-feira, dia 3, finalmente o mandado de prisão contra o padrasto da menina foi cumprido. Ele foi detido num lava jato no Vieralves, na zona centro-sul, onde trabalhava.
“Agora, com a possibilidade de ouvi-lo, poderemos aprofundar mais a participação dessa mãe. Ela também pode ser indiciada como co-autora do crime de estupro de vulnerável”, explicou a delegada.
O suspeito já está no presídio, onde vai aguardar a tramitação do processo no sistema judiciário. A mãe permanece solta, mas pode ser presa dependendo dos rumos da investigação.