A policia civil está investigando um esquema de venda de cirurgias na Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus. O suspeito de praticar o estelionato é Sérgio Cerqueira Lima, e 56 anos. Ele foi detido por volta das 9h de quarta-feira (14) na própria fundação Adriano Jorge.
Segundo o delegado Marcos Arruda, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Uma vítima procurou a delegacia após cair no golpe no dia 24 de junho. Ele teria feito um pagamento solicitado por Sérgio para facilitar a realização de uma cirurgia na unidade hospitalar.
O valor que teria sido cobrado era de R$ 800. Na última quarta-feira (14), o idoso foi ao hospital e foi informado de que a cirurgia não estava marcada. Então, percebeu que tinha sido vítima de um golpe.
“A vítima identificou o autor, que por coincidência, também estava no hospital naquele momento. Ao chegar na unidade policial, foi registrado o Boletim de Ocorrência (BO) pelo delito de estelionato. As partes foram ouvidas e as investigações prosseguem para melhor esclarecer o fato e determinar a efetiva responsabilidade penal, caso seja esse o resultado”, explicou Arruda.
Campanha contra fraudes
O diretor e presidente da Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), Ayllon Menezes Oliveira, informou que foi iniciada uma campanha dentro do hospital para justamente banir e impedir essa prática de vendas de cirurgias, além de impedir também a venda de consultas. As pessoas abordadas nos corredores podem denunciar na direção do hospital.
“Ele vinha trabalhando para venda de cirurgia na fundação. Foi abordado dentro da instituição realizando isso. O paciente que fez a compra também estava presente, fez a denúncia e nós conseguimos detê-lo em flagrante. Nós sabemos que em hospital público não pode ser cobrado nenhum procedimento, seja ele ambulatorial, cirúrgico ou de qualquer natureza. Não paguem, denunciem! Precisamos que vocês denunciem”, disse o diretor do hospital.
As vítimas desse golpe, ou até mesmo as pessoas que souberem sobre esse crime, podem denunciar na direção do hospital ou na delegacia mais próxima. Em casos de vítimas que não querem se identificar, a fundação e a Polícia Civil garantem todo sigilo.