Terminava nessa terça-feira, dia 31, o prazo da prisão temporária do ex-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, mas a Justiça atendeu o pedido do delegado Geraldo Elói, titular da 31° Delegacia de Iranduba, e renovou, por tempo indeterminado, a prisão por suspeita de homicídio e tentativa de homicídio, ocorrido no dia 29 de fevereiro.
O juiz Carlos Jardim, da 2ª Vara da Comarca de Iranduba, decidiu transformar a prisão temporária em preventiva. A decisão foi na noite dessa segunda-feira. O Ministério Público do Estado (MPE) deu parecer favorável que subsidiou a decisão judicial.
Givancir estava preso no 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP) em Manaus, mas foi levado de volta para a delegacia de Iranduba. “Acho uma atitude irresponsável da polícia levá-lo para lá. Durante a noite só ficam dois policiais”, disse Orlando Bentes, um dos advogados de Givancir.
O ex-presidente dos Rodoviários foi preso no dia 2 de março, suspeito de assassinar Bruno Guimarães Freitas e de tentar matar a travesti Thelcy dos Santos Freitas. Nesse dia a população da cidade foi para frente da delegacia e ameaçou invadir o local.
O Crime
O crime aconteceu no dia 29 de Fevereiro, no ramal da Comunidade São Sebastião, em Iranduba. Bruno e Thelssy foram a casa do sindicalista, localizada para cobrar uma dívida de R$ 200 que Givancir teria com a travesti.
Logo após, homens armados apareceram e atiraram contra os dois. Bruno não resistiu aos ferimentos e Thelcy conseguiu fugir, mas conseguiu ver o rosto do sindicalista.
Logo após o crime, Givancir foi apontado pela único sobrevivente como o principal suspeito. O sindicalista nega a participação nos crimes.
Arsenal apreendido
No dia 5 de Março a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Givancir, no município de Iranduba. Oito armas foram apreendidas, dentre elas, quatros pistolas, dois revólveres e duas espingardas, além de quatro carros, duas granadas, dois lançadores de gás de pimenta e gás lacrimogênio. Cinco homens, sendo quatro policiais militares que estavam na residência foram presos.