Faltava apenas os sete jurados se reunirem no conselho de sentença para dizer se condenavam ou absolviam o empresário Ivan das Chagas, réu confesso do assassinato da esposa Jerusa Nakamine, quando um deles passou mal na noite dessa quarta-feira, dia 29, segundo dia do julgamento. Por causa do incidente a juíza foi obrigada a suspender a sessão.
Agora o caso só será finalizado no dia 19 de março quando o julgamento será retomado e a sentença proferida pela juíza Eline Paixão.
O julgamento seguiu por dois dias sem contratempos. No primeiro dia as dez testemunhas foram ouvidas. No segundo, apenas o réu.
Esse foi o dia mais “pesado”. Durante o depoimento, Ivan detalhou o caso extraconjugal que teve e como aconteceu o crime. O réu confesso contou que terminou o caso em 2016 e tentou reconstruir sua relação com Jerusa.
“Foi difícil pois ela (a amante) infernizava a Jerusá. Ela liga e mandava mensagens, mas nós conseguimos seguir com o casamento”, lembrou Ivan durante o depoimento à juiza.
Segundo o réu, semanas antes do crime ele teria percebido mudanças no comportamento da esposa e resolveu colocar uma escuta no carro dela.
“Todos nossos carros tinha rastreador mas resolvi colocar uma escuta no que ela usava. Eu consegui flagrar ela transando com o amante, que era ex-namorado dela, dentro do carro no estacionamento do Millenium (shopping)”, contou o réu.
Na manhã do crime Ivan conta que ele e a esposa discutiram e ele pegou a faca de mesa e atingiu o pescoco dela.
A defesa do réu vai tentar uma pena mais branda alegando que Ivan cometeu o crime tomado de forte emoção.
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