Durante quase um mês o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, enrolou a ex-funcionária Tchelsy Freitas, a quem devia R$ 400 pelos serviços prestados em uma das casas do sindicalista, localizada no quilômetro 6, na estrada de Iranduba.
Mensagens de texto e áudio trocadas entre os dois, mostram a humilhação que o sindicalista submeteu a ex-funcionária até o último sábado, dia 29 de fevereiro, quando ela e o primo Bruno Freitas foram a casa de Givancir para receber parte da dívida e foram vítimas de um atentado.
Tchelsy trabalhou na casa do presidente do Sindicato dos Rodoviários até o dia 29 de janeiro, véspera do assalto no local, de onde os bandidos teriam levado R$ 200 mil de um cofre.
Depois dessa data, a ex-funcionária tentou, quase que diariamente, receber os R$ 400 devidos a ela pelo sindicalista. Mas ele sempre dava desculpas.
No dia do crime, Tchelsy e o primo foram a casa para receber parte do dinheiro, R$ 150. E, mais uma vez, ela foi humilhada ao receber uma nota rasgada.
Depois disso aconteceu o crime. Bruno morreu, Tchelsy não. E ela é um arquivo vivo tanto do crime que sofreu quanto dos acontecimentos na casa do presidente do Sindicato dos Rodoviários.
Tanto que quando ela foi depor no inquérito sobre o furto dos R$ 200 mil, Givancir teria lhe feito uma ameaça velada.
“Ele disse que eu tomasse cuidado com o que eu ia falar, para não prejudicar nem a ele e nem a mim. Aí eu perguntei se era uma ameaça e ele disse que não”, contou Tchelsy em entrevista direto do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, onde está internada após levar três tiros.
Mensagens em texto e áudio
Abaixo segue a sequencia de mensagens trocadas entre Givancir e Tchelsy entre os dias 13 de fevereiro e o sábado, dia 29, quando houve o crime.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários continua incomunicável sem se pronunciar.
Depois Tchelsy enviou a última mensagem a Givancir, informando que iria com o primo Bruno receber o dinheiro.