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Motorista de ônibus se recusa a levar cadeirante com deficiência e revolta passageiros

por policia24h
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O adolescente Gabriel de Souza, de apenas 16 anos, que é deficiente, e a mãe dele, Úrsula de Souza, de 43 anos, viveram uma situação humilhante dentro de um ônibus da linha 212 nesta terça-feira, dia 18. O motorista do coletivo se recusou a levá-lo devido o elevador para cadeirantes estar quebrado. Mas após muita confusão e revolta dos passageiros, a família acabou embarcando e seguindo viagem.

Segundo a mãe do Gabriel, tudo aconteceu quando ela e o filho voltavam de uma consulta médica em um hospital na Avenida Álvaro Maia, na zona Sul de Manaus. “Eu cheguei no ponto de ônibus e fiz a parada. O motorista parou um pouco longe e não abriu a porta do meio (onde há o elevador). Eu fui até ele e pedi que abrisse, foi quando ele me disse que o elevador para cadeirantes estava quebrado, e já foi acelerando o ônibus. Eu corri e bati na porta e falei que meu filho ia sim naquele ônibus. Nessa hora o motorista foi super grosso dizendo que não carregava nem o filho dele, imagine o meu”, contou Úrsula.

Úrsula e o filho Gabriel após conseguir embarcar no ônibus – Divulgação

Ainda de acordo com a dona de casa, um homem que estava na parada de ônibus, e outras duas pessoas que estavam dentro do coletivo, se ofereceram para ajudar o embarque do adolescente. “Depois que a gente entrou, o motorista acelerou o ônibus com tudo. Por pouco um acidente não aconteceu, já que ele nem esperou eu colocar o Gabriel na área destinada para os deficientes, que inclusive estava sem o cinto de segurança”.

Mãe e filho desceram na rua Juruti, no bairro Alvorada, zona Centro-Oeste de Manaus. Depois de tudo isso, dona Úrsula denunciou o caso para a empresa São Pedro, mas até o momento não obteve nenhuma resposta.

Gabriel foi com a cadeira solta devido o cinto de segurança para cadeirante estar danificado – Divulgação

“A situação que eu e o Gabriel vivemos foi humilhante. Eu espero que esses motoristas e cobradores passem por um curso de relações humanas, já que a cobradora também não me ajudou. É muito chato meu filho, por ser deficiente, não ter o direito de ir e vir. Ele não é assim porque quer, ele nasceu assim”, desabafou.

Gabriel tem paralisia cerebral, sofre epilepsia e passa o dia acamado. A família não possui carro e depende do ônibus para levar o adolescente para as consultas médicas toda semana.

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