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Operação prende 100 acusados de crimes contra mulheres

por Raphael
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Pelo menos 100 acusados de crimes violentos contra mulheres foram presos durante uma grande operação deflagrada desde a manhã desta terça-feira (10) pelo Departamento-Geral de Atendimento à Mulher da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Batizada de “Operação Gaia”, a ação policial acontece no ano em que a Lei Maria da Penha completa 15 anos e no mês de agosto (agosto Lilás), mês da conscientização pelo fim da violência doméstica.

A ação envolveu seis unidades da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), coordenadas pela delegada Sandra Ornelas, com o objetivo de chamar a atenção para este tipo de crimes e a impunidade que muitas vezes cerca as ocorrência. Um dos presos na ação, por exemplo, estava condenado há quase dez anos continuou foragido por todo este tempo, até ser preso nesta terça-feira, como descreveu a delegada ao jornal carioca “O Dia”.

“Nós tivemos hoje o cumprimento de um mandado, um mandado de prisão em razão da prática de um crime que seria hoje feminicídio, mas como foi praticado em 2012 ele foi condenado por homicídio doloso de uma mulher“, explicou a delegada. 

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Para a delegada, os crimes contra as mulheres geralmente tem a mesma premissa, mas não há um perfil exato do agressor, que varia mesmo dentro do universo dos 100 acusados presos hoje.

“É interessante a gente falar que há um perfil do autor de violência contra a mulher, mas infelizmente não existe. Qualquer homem que vive mergulhado nessa sociedade extremamente machista, no momento em que sente que perde o controle da mulher, é possível que ele se sinta incentivado a cometer uma violência desse tipo”.

Sandra Ornelas, delegada

O autor, identificado como Júlio Cesar de Oliveira Souza, é um ex-militar do exército que estava lotado no 1° Batalhão de Guardas, e se tornou foragido da Justiça após sofrer uma condenação de 15 anos por ter matado a ex-companheira a facadas, em 2012. Segundo contou a delegado ao jornal, ele matou Renata Miranda Cristino Nascimento, que tinha 26 anos à época, após ela dizer que esperava um filho dele e se recusar a fazer um teste de gravidez exigido pelo então companheiro.

Participaram da ação as delegacias especializadas de atendimento a mulher de Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João de Meriti, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e outras distritais do interior. 

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