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PC-AM deflagra operação “Gleba” contra fraude imobiliária

por Raphael
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Na manhã desta quinta-feira (30), a Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou a segunda fase da Operação “Gleba” para investigar um empresário do ramo de pesca, identificado como José Erivaldo, suspeito de obter títulos definitivos de terras por meio fraudulento, dentro da Secretaria de Estado das Cidades e Territórios (Sect). No decorrer da ação foram cumpridas 11 mandados de busca e apreensão realizadas em diferentes zonas de Manaus.

Segundo o delegado Guilherme Torres, titular da Deccor, a operação é o desdobramento de investigações iniciadas em maio deste ano, e tem como objetivo desmantelar o esquema criminoso de compra e venda de terrenos de maneira fraudulenta, utilizando servidores da SECT.

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“Na primeira fase conseguimos identificar alguns servidores da SECT que facilitavam a tramitação e expedição de documentos. Essa segunda fase identificamos o empresário e outras pessoas que, em conluio com ele, falsificaram os documentos”, comentou o delegado.

Guilherme Torres, delegado titular da Deccor

O empresário é responsável por adquirir terreno de 11 mil metros quadrados de forma irregular, na Avenida das Torres e dividi-lo em 11 partes, entre familiares, como filhos e ex-esposa, além de funcionários e servidores da SECT, na qual cada um adquiria mil metros quadrados. Conforme Torres, a SECT só consegue regularizar terrenos de até mil metros quadrados

Ao ser interrogado o indivíduo relatou que não sabia quando, aonde e por quanto comprou o terreno. Apenas se lembrou que a pessoa que o vendeu teria morrido mas não disse o nome.

Ainda segundo a autoridade policial, nesta segunda fase será levantada a participação dos funcionários com relação a indicação do terreno, para averiguar como ele conseguiu e desmembrou o terreno, haja vista que o mesmo já tinha dado entrada no primeiro documento e foi negado pela secretaria em razão do terreno ser maior do que o permitido.

“Nós conseguimos apreender todos os documentos que comprovam a materialidade desse crime”, finalizou o delegado. As provas adquiridas hoje irão compor o Inquérito Policial (IPL) que permanecerá em andamento.

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