A Polícia Federal deflagrou no Amazonas, no Distrito Federal e em outros 18 estados a Operação “Caixa Forte” para combater o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro realizados pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Na primeira fase da Operação, a polícia identificou os responsáveis pelo chamado “Setor do Progresso” da facção. Eles eram responsáveis pela lavagem de dinheiro proveniente do tráfico. Os dados revelaram os valores do comércio ilícito de drogas que, em parte, iam para inúmeras contas bancárias da facção. Parte do dinheiro ia para as contas do “Setor de Ajuda”, departamento da facção responsável por recompensar os membros recolhidos em presídios.
A polícia identificou 210 integrantes do alto escalão do PCC, todos detentos de presídios federais. Eles recebiam valores mensais por terem ocupado cargos relevantes na organização criminosa ou por executarem missões determinadas pelos líderes, como, por exemplo, execuções de servidores públicos.
Para receber o “auxílio do tráfico”, os detentos indicavam contas de terceiros que não pertenciam à facção, para que os depósitos realizados ficassem ocultos e fora do alcance da Justiça.
A ação contou com 1.100 policiais federais que cumprem 623 ordens judiciais, sendo 422 Mandados de Prisão Preventiva e 201 Mandados de Busca e Apreensão, além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões.
Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte (MG). Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, as penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.
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