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PF descobre crimes ambientais no AM após queimadas

por policia24h
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A Polícia Federal deflagrou a Operação Pentaedro do Fogo com o objetivo de investigar crimes ambientais no amazonas. Entre os ilícitos, estão as práticas de queimada, desmatamento ilegal e usurpação de Terras da União nos municípios de Apuí, Manicoré (Santo Antônio do Matupi) e Maués, todos no sul do Amazonas.

A operação deflagrada na manhã desta terça-feira (20/04) teve o apoio do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira. Foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, sendo 10 no município de Apuí/AM, 4 no Distrito de Santo Antônio do Matupi (Manicoré/AM), 4 em Novo Aripuan, 2 em Maués, 1 em Humaitá, 1 em Porto Velho/RO, 1 em Alta Floresta/MT, em Balneário Camboriú/SC e 3 em Porto União/SC.

A operação começou após a PF identificar 10.093 focos de incêndios em municípios do sul do Amazonas no período de 1 a 20 de agosto de 2020, por meio de análise das imagens de satélite pelo sistema Planet, de alta precisão.

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Incêndios levaram a Polícia a descobrir outros crimes ambientais

Analisando as propriedades de onde emanaram os focos de incêndio, foram descobertas sobreposições de Cadastro Ambiental Rural (CAR), nas quais um mesmo CAR englobava mais de uma propriedade. A Polícia Federal conseguiu identificar também a origem da queimada e, com levantamentos em banco de dados, descobrir a identidade dos responsáveis.

Além disso, a PF reuniu provas de possíveis casos de usurpação de Terras da União e falsidade ideológica, visto que fazendas com aparência de propriedade única foram parceladas como se fossem propriedades diferentes.

Em uma das fazendas investigadas, os agentes federais encontraram uma extensa área rural de pelo menos 3.871 hectares, associada a três integrantes de uma mesma família, sendo que, embora tenham sido cadastrados três CARs distintos, tudo indica que se trata de um único imóvel rural, que foi indevidamente parcelado com o intuito de burlar o limite descrito na lei, que são de 2.500 ha (dois mil e quinhentos hectares).

Os investigados poderão responder, pela prática de queimadas, desmatamento ilegal e usurpação de Terras da União, entre outros possíveis crimes. Se condenados, poderão cumprir pena de até 15 anos de prisão.

O nome da operação faz referência aos elementos necessários a dar início à combustão, conhecidos como “tetraedro do fogo”, que são: combustível, comburente, calor e reação em cadeia. No caso das queimadas ilegais, entretanto, há um quinto elemento: a ação humana. Daí advém, portanto, o nome da operação, “Pentaedro do Fogo”.

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