A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública determinou a abertura de um Inquérito Policial e um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as denúncias de que um policial militar teria atirado contra o apartamento de um vizinho em um condomínio na zona Centro-Oeste de Manaus. O corregedor-geral, delegado George Gomes, garantiu que a apuração terá o rigor necessário para o esclarecimento dos fatos, dentro do devido processo legal.
Ainda segundo a Corregedoria, na manhã desta segunda-feira (14), o policial militar foi ouvido e se reservou ao direito de permanecer em silêncio. A vítima e testemunhas também já foram ouvidas, e perícias foram requisitadas para a arma supostamente utilizada no delito e no local do fato.
A Polícia Militar do Amazonas informou que, ao tomar conhecimento das acusações, instaurou um Procedimento Administrativo pela Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD), da corporação. Serão apuradas as circunstâncias do ocorrido, possibilitando às partes envolvidas a apresentação da sua versão dos fatos, respeitados os princípios da ampla defesa e contraditório.
Em nota, a Polícia Militar do Amazonas ressaltou que não compactua com atos que contrariem a lei e a ordem e reiterou seu compromisso com o dever de servir, proteger e preservar os direitos individuais e coletivos.
Entenda o caso
Nesse fim de semana, um vídeo viralizou nas redes sociais, onde aparece um homem identificado como Eduardo Michiles, denunciando um policial militar após o mesmo atirar e fazer ameaças de morte contra a família da vítima.. O fato ocorreu na madrugada do último domingo (13), em um condomínio localizado no bairro Da Paz, localizado na zona Centro-Oeste de Manaus.
No relato divulgado em uma rede social, Eduardo conta também, que não conhece o PM, mesmo os dois morando no mesmo condomínio. Ele registrou um boletim de ocorrência contra o agressor.
No vídeo, o policial militar aparece acompanhado de uma mulher grávida, e nervoso grita ameaças do tipo: ‘Tu vai morrer filho da p***’. A confusão começou após o policial efetuar diversos disparos de arma de fogo contra o apartamento, atingindo o quarto do filho de Eduardo, um menino de 2 anos.