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Polícia prende líder de comunidade que participou de homicídio de policiais

por Especial
Publicado: Última atualização em
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A Secretaria de Segurança Pública (SSP) prendeu hoje (17) quatro pessoas suspeitas de envolvimento no duplo homicídio e na dupla tentativa de homicídio dos policiais militares do Centro de Operações Especiais (COE), que aconteceu no último dia 3 de agosto. Treze armas também foram apreendidas durante a operação.

De acordo com a Polícia Civil, um dos presos é presidente da Associação Nova Esperança do Rio Abacaxis (Anera). Ele é apontado de comandar abordagens armada às embarcações locais e no dia do duplo homicídio dos PMs ele teria repassado informações sobre os policiais para Valdelice Dias da Silva, o “Bacurau”, responsável por armar a emboscada. As outras pessoas presas são irmãs do “Bacurau” e todas já tinham passagem por tráfico de drogas.

Além das prisões realizadas hoje, os policiais enviados para Nova Olinda do Norte prenderam em flagrante outros 11 suspeitos, além de apreenderem 13 armas de fogo, e localizar quatro plantações de maconha.

Grupo comandava o crime na região

Segundo o delegado Cícero Túlio, coordenador das investigações sobre os crimes na região, testemunhas informaram que o grupo sempre tocou o terror na região, além de roubar embarcações, a quadrilha também realizava o cultivo de plantações de maconha no município.

“O presidente da Anera figura como uma liderança comunitária responsável por fiscalizações ilegais a embarcações que navegam no rio Abacaxis. Durante as investigações, foi possível constatar que possuía vínculo com o “Bacurau”, que era quem fazia as abordagens com armas aos que adentravam na região, culminando com saques a essas embarcações”, disse.

Um mês antes da operação, o bando de Bacurau assassinou com 16 facadas o filho de um cacique Maraguá. A região reivindicada pelos povos indígenas vinha sendo invadida pelos criminosos, que ameaçavam moradores locais e viam a livre circulação no rio como uma ameaça ao tráfico de drogas.

A Polícia Civil também investiga mortes ocorridas no local, no decorrer da operação. Nenhuma hipótese é descartada, mas uma das linhas de investigação é de que as mortes teriam sido praticadas por membros da organização criminosa.

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