A Polícia Civil e o Ministério Público do estado do Amazonas (MP-AM) deflagraram na manhã de hoje a operação “Arabu” no município de Itamarati (distante 985 quilômetros de Manaus). O objetivo é investigar supostas fraudes de licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa, além de suspeita de desvio de dinheiro público do município.
De acordo com o delegado Bruno Fraga, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensão. O principal alvo foi a sede da Prefeitura de Itamarati, especificamente as secretarias de finança e administração. Os policiais detectaram divergências de informações e possíveis fraudes em processos licitatórios para a realização de festas no município.
“Tais processos giram em torno de uma quantia de mais R$ 400 mil, esses valores foram pagos para a realização de dois shows. Um na festa de aniversário da cidade, em novembro de 2018, e outro na Festa de Soltura dos Quelônios. Isso levou o MP-AM a abrir procedimento investigatório devido ao alto valor do cachê. Em um dos processos investigados, a empresa vencedora do certame enviou proposta muito antes do edital ser publicado”, detalhou o diretor do DPI.
Ao longo das investigações vários documentos foram apreendidos, além de computadores, celulares. Se forem comprovadas as suspeitas, os investigados podem ser enquadrados nos crimes de fraude a licitações, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de capitais e peculato.
Participaram da operação o diretor do DPI, delegado Bruno Fraga; a delegada Marna de Miranda, diretora adjunta do DRCO; o delegado Demetrius Queiroz e as equipes de investigadores e escrivães de ambos os departamentos; além do promotor de Justiça do Gaeco, Flávio Mota.