Era por volta de 6h, deste sábado, dia 2, quando o alarme tocou na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Rapidamente mensagens de áudio pedindo reforço policial correram nos grupos de WhatsApp confirmando o início da rebelião e pedindo reforço.
Segundo um dos áudios, a rebelião começou pela Galeria 1 e rapidamente se espalhou por todo presídio. Pelo menos quatro agentes carcerários estão como reféns.
Em menos de meia hora toda UPP foi tomada pelo presos. Eles pedem a demissão do diretor do presídio e reclamam do rigor no tratamento dos detentos.
Familiares dos presos contaram que eles querem mais conforto nas celas e que a energia não seja cortada durante a noite.
Um representante da Comissão dos Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Amazonas foi chamado para dialogar com os presos. A UPP está cercada pela polícia que até agora não registrou nenhuma fuga.
Alguns presos subiram na caixa d’água do presídio e estenderam um lençol identificando a facção criminosa Comando Vermelho como a responsável pela rebelião.
Os presos também estão tocando fogo em objetos na parte interna da unidade prisional, que fica localizada no bairro do Puraquequara, na zona leste de Manaus.
Nota Seap
Segundo nota da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), os presos cerraram a grade de uma das celas e tomaram a Galeria 1. Neste momento, sete agentes carcerários estão sendo mantidos como refém.
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