O professor de artes marciais Tadeu de Jesus Colares acusa um capitão da Polícia Militar, lotado na Força Tática, de agressão física na tarde do último domingo (11). Segundo o professor, o fato aconteceu no beco Lua Crescente, por trás da feira do bairro Coroado, na zona Leste de Manaus. O PM negou a acusação e disse que não estava presente no local no dia do ocorrido.
Contudo, segundo Tadeu o capitão acusado por ele estava sim em Manaus. O fato se deu da seguinte maneira, segundo o professor de artes marciais: no domingo, por volta das 17h, ele havia saído de casa para ir trabalhar quando viu três policiais da Força Tática parados na entrada do beco. Um deles, que segundo Tadeu, seria o capitão, foi até ele e o abordou. “Ele começou a me revistar e quando não encontrou nada perguntou se eu era bandido. Eu respondi que não. Foi quando ele começou a me agredir”, afirmou a suposta vítima.
Segundo Tadeu, ele foi espancado com socos e chutes até que os moradores da área perceberam a ação é começaram a sair das casas em socorro ao vizinho. “Eu perguntava o tempo todo porque estava apanhando, mas ele não respondia e continuava me batendo. Foi uma situação humilhante e que me deixou bastante revoltado”, desabafou.
Os vizinhos que saíram em socorro do professor começaram a filmar e, alguns, até ameaçaram os policiais. Foi quando as agressões teriam cessado.
De acordo com Tadeu, os outros dois policiais militares não se meteram nas agressões, mas usaram spray de pimenta para afastar os moradores e, em seguida, deixar o local.
Versão do capitão
A nossa equipe entrou em contato com o militar citado por Tadeu. Por telefone ele informou estar de férias da corporação e que no dia da suposta agressão, ele teria chegado de uma viagem por volta das 10h da manhã. “Eu estou de férias há quase um mês. Cheguei de viagem pela manhã e não teria nem dado tempo de eu ter ido trabalhar; estou até barbado”, contou o PM.
O policial também diz não entender o motivo de estarem colocando o nome dele nessa suposta agressão. “Sinceramente não sei o motivo pra este homem estar me acusando. Mas ele vai ter que provar na justiça o que está falando”, alertou o oficial.
Procedimentos
O boletim de ocorrência já foi registrado, a Polícia Militar também já está ciente da denúncia. Agora cabe a justiça civil analisar o que diz o professor e, a auditoria militar apurar as acusações para se saber qual das versões é, de fato verdadeira.
Por hora o caso está a favor do professor que, em sua defesa, teria esses moradores que teriam filmado as agressões. Já o capitão tem o álibi de estar de férias. Basta que a escala de serviço e o boletim interno da PM seja consultado para confirmar sua versão.
Enquanto isso, o caso vai ganhando notoriedade por meio das redes sociais, onde inclusive circula um vídeo dele machucado após as supostas agressões.