A reintegração de posse da invasão Monte Horebe, localizada nos fundos do residencial Viver Melhor, na zona norte de Manaus, já começou. Mas antes disso, o chefe da Defensoria Pública do Estado, Rafael Barbosa, foi ao local e garantiu que o Governo do Amazonas vai disponibilizar moradia digna para as famílias de bem.
“O local onde hoje vocês residem não tem a estrutura que vocês merecem. Então, nós, no momento diferente do Estado do Amazonas, estamos querendo propor pra vocês uma solução de moradia adequada”, disse o defensor geral do Estado.
Rafael Barbosa fez questão de explicar aos moradores que a presença das polícias no local era para dar segurança aos servidores do Estado, no cadastramento das famílias para receberem R$ 600 de auxílio-moradia.
Segundo o defensor geral, toda a reintegração de posse está sendo monitorada por representantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (CDH/OAB-AM).
Especulação
Desde antes da Justiça determinar a reintegração da área onde está a invasão Monte Horebe, o serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública levantou a real situação do local e descobriu que a maioria dos barracos erguidos no local estão vazios.
A polícia também descobriu que boa parte das “ditas” lideranças do local são pessoas ligadas as organizações criminosas que atuam na invasão.
Oficialmente, o Governo do Amazonas estima a existência de 12 mil unidades habitacionais na invasão, mas que apenas mil famílias residem, de fato, no local.
Os moradores já confirmaram que as demolições já se iniciaram. Mas o Governo do Amazonas garantiu que não iria destruir nenhuma moradia com mobília dentro.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Amazonas, 700 policiais estão atuando na reintegração que deve durar, aproximadamente, dez dias.
Até o início da manhã de hoje, duas pessoas já foram presas. Seriam criminosos procurados pela Justiça.