Um adolescente de 15 anos foi executado a tiros após postar uma foto com uma arma de brinquedo e dinheiro nas redes sociais. O crime aconteceu no dia 9 de dezembro de 2024, na rua Zulma de Azevedo, no bairro Parque 10, Zona Centro-Sul de Manaus.
Segundo a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), a vítima foi identificada como Gabriel Negrão Oliveira. Ele teria sido confundido com integrante de uma facção rival por criminosos da região.
Adolescente é morto após postar foto com arma de brinquedo
De acordo com a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Gabriel havia saído de casa para comprar um bolo de pote em uma padaria próxima. Ao retornar, foi surpreendido por dois homens em uma moto.
Um dos suspeitos desceu do veículo e atirou pelo menos 12 vezes contra o adolescente, que morreu no local. A perícia foi feita pelo Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC).
Postagem nas redes sociais motivou o crime
O delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, explicou que a vítima havia postado uma imagem segurando uma pistola de brinquedo e um maço de dinheiro. A publicação foi interpretada por membros de uma facção como provocação de um rival.
“Ele usou o dinheiro do pai, que é autônomo e recebe em espécie, e tirou uma foto com uma arma de brinquedo. Isso foi fatal”, disse o delegado.
Segundo a polícia, Gabriel não tinha envolvimento com o crime. A morte foi resultado de uma interpretação equivocada feita por criminosos que dominam a área.
Suspeitos identificados e um já foi preso
A polícia prendeu na terça-feira (6) Thaylon Wenzo Braga de Sousa, de 25 anos. Ele seria o piloto da moto usada no crime.
O outro suspeito, Phelipe Cabral de Castro, está foragido. Ele é apontado como o autor dos disparos que mataram o adolescente.
Delegado faz alerta aos pais
Ricardo Cunha aproveitou o caso para alertar famílias sobre os riscos do uso irresponsável das redes sociais.
- Monitore o que seus filhos postam.
- Saiba com quem eles interagem online.
- Converse sobre os perigos da ostentação virtual.
“Isso pode ser a diferença entre a vida e a morte”, afirmou o delegado.
O caso segue sob investigação da DEHS, que busca localizar o segundo envolvido no assassinato.
Relembre outros casos semelhantes
Casos como o de Gabriel têm se tornado comuns em áreas dominadas por facções. Jovens são alvos por simples postagens nas redes, confundidos com rivais ou por ostentarem objetos que remetem ao crime.