Quase dois meses após a morte do empresário Rafael Moura Cunha, as explicações sobre as circunstâncias do homicídio permanecem ocultas sob uma densa camada de mistério. Em silêncio, o caso parece ter caído no esquecimento popular, se tornando apenas “mais um” entre tantos episódios violentos que ocupam as telas e as conversas do dia-a-dia manauara.
O crime aconteceu na noite de quinta-feira, 2 de dezembro, próximo ao escritório da produtora de Rafael, no bairro Parque Dez de Novembro, zona Centro-Sul da capital amazonense. Na rua oposta à garagem da empresa, Rafael, que tinha 40 anos, entra em seu carro e, imediatamente, outro homem surge detrás de um poste, abre a porta do passageiro e dispara contra o a vítima, que morre no local, sem chance de reação.
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Toda a ação referente a morte do empresário foi registrada por câmeras de segurança nas proximidades, imagens que abastecem os trabalhos de investigação conduzidos pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), que não fala sobre o andamento das diligências.
Dúvidas sem respostas: Quem matou Rafael e por quê?
As dúvidas, entretanto, são muitas, já que a própria filmagem que registrou o momento do crime revela evidências claras de “serviço dado”. È possível observar o assassino esperando calmamente por Rafael próximo ao veículo, oculto pelo poste e ciente da necessidade de abrir a porta do passageiro para ter sucesso na execução, uma vez que, inicialmente, havia uma informação de que o carro do empresário era blindado.
Quem passou a informação para o criminoso? A quem interessava a morte de Rafael?
Segundo pessoas próximas, entretanto, a informação não procede.
“Esse carro nunca foi blindado. Conheço o Rafael há anos e ele tirou o carro novo na concessionária, não pediu pra fazer nenhuma blindagem”, disse um amigo, que já trabalhou com o empresário. Em conversa com a reportagem, ele disse ter recebido de um policial, conhecido seu, a informação de que a PC-AM já teria encerrado as averiguações em torno do caso, mas disse não entender o motivo.
“Como uma investigação acaba se ninguém foi preso, nem sabe nada sobre o que aconteceu com o Rafael?”, questiona o amigo.
Em nota, a instituição se limitou a dizer que as investigações já foram iniciadas. Em entrevista ao Polícia 24h, o delegado titular da DEHS, Ricardo Cunha reforçou que as investigações acontecem sob sigilo, e não informou se já existem suspeitos para o homicídio.
Para auxiliar a responder estas perguntas, a autoridade policial solicita a quem tiver informações a respeito do homicídio, para entrar em contato com a Especializada pelo número (92) 99292-1015, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM).