Um médico cirurgião foi exonerado pela prefeitura do município de Tonantins, no interior do Amazonas, após ser denunciado por dopar e realizar um aborto, com as próprias mãos, em uma adolescente de 17 anos com que mantinha relacionamento. Casado, o médico nega ter dopado a jovem.
Identificado como Dulio Alejandro Gimenes de Lá Rosa, o profissional foi apontado pela tia da adolescente como responsável pelo crime. Em depoimento à Policia Civil durante a confecção do Boletim de Ocorrência a tia da adolescente apontou que, após o médico suspeitar da gravidez da adolescente, a convidou para sua casa, realizou uma ultra-sonografia com um aparelho portátil e confirmou a gestação.
A vítima foi, então, dopada e, om as próprias mãos no útero da menina, o homem realizou o aborto, que causou um grande sangramento na adolescente.
Quando ela acordou, o médico disse que a jovem tinha um cisto e a mandou ir para a casa. Somente após ir até um pronto socorro para investigar a causa do sangramento, que ainda não havia cessado, é que foi constatada a realização do procedimento abortivo.
Além do aborto, a jovem também em teve diagnosticada uma infecção por Covid-19, o que adiou o depoimento dela à Polícia para depois da quarentena. O médico, por sua vez, confirmou ter levado a menina para a sua casa no último final de semana e o exame de ultrassom. Eles negou, entretanto, que tivesse dopado a garota e realizado o aborto. Segundo o médico, ela perdeu o bebê de forma natural, através do deslocamento da placenta.
Em nota, a Prefeitura de Tonantins disse que repudia esse ato e espera que a polícia tome as medidas necessárias para o caso. O conselho tutelar do município está acompanhando toda a situação. A polícia do município já está apurando todas as denúncias.
