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- Dois irmãos foram condenados a 12 anos por homicídio qualificado em Manicoré, nesta quinta-feira (3), por vingança.
- A vítima foi atacada com um terçado e uma pernamanca na zona rural da cidade, em 1997.
- O júri aceitou a tese de motivo torpe e crime em grupo apresentada pelo Ministério Público.
- Irmãos são condenados por matar primo com terçado em Manicoré, após clamor por justiça da comunidade.
Dois irmãos foram condenados por matar primo com terçado em Manicoré, no Amazonas, quase 30 anos após o crime. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (3), no fórum da cidade.
Alcimar Paes de Souza e Jomar Paes de Souza pegaram 12 anos de prisão cada. Eles foram levados direto para o presídio após o júri.
Condenação por homicídio qualificado
Segundo o Ministério Público do Amazonas (MPAM), o crime aconteceu em 3 de maio de 1997, na Comunidade Nazaré do Uruá, zona rural de Manicoré.
Os irmãos atacaram o primo, Ocimar Colares Paes, com um terçado e uma peça de madeira chamada pernamanca.
A vítima morreu no local. O motivo do crime foi vingança, conforme apontaram os autos do processo.
Julgamento contou com presença da família
O promotor de Justiça Venâncio Antônio Castilhos de Freitas Terra destacou a importância da condenação, mesmo após tanto tempo.
“Os familiares estavam presentes e clamavam por justiça”, disse o promotor.
“É uma resposta à sociedade. O Ministério Público está comprometido com a Justiça”, completou.
Terceiro envolvido ficou impune
Um terceiro suspeito participou do crime, mas tinha menos de 21 anos na época.
Por causa disso, a Justiça extinguiu a punibilidade, com base na prescrição prevista em lei.
Júri aceitou todas as acusações
Os réus foram denunciados por homicídio qualificado, com base no artigo 121, § 2º, inciso IV, do Código Penal.
O júri popular aceitou a tese do MPAM, que apontou:
- Motivo torpe (vingança)
- Concurso de pessoas (crime cometido em grupo)
Após a sentença, Alcimar e Jomar deixaram o fórum sob escolta policial e já estão sob custódia do Estado.
Crime brutal marcou comunidade
O caso chocou moradores da Comunidade Nazaré do Uruá, onde todos se conheciam.
Mesmo depois de quase três décadas, a lembrança do crime ainda é forte na região.
Com a condenação, a Justiça deu uma resposta esperada há anos por familiares e vizinhos da vítima.