Empresários são alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (23/8), que cumpre mandados de busca emitidos após os conversas de um grupo de WhatsApp vazarem, Nas trocas de mensagens divulgadas inicialmente pelo site “Metrópoles”, os investigados conversavam sobre possibilidades revoltas caso o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) vença Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais, que ocorrem em outubro.
Um dos alvos da operação é Luciano Hang, conhecido como ‘Véio da Havan. Executivos dos ramos imobiliário, gastronômico e da moda também aparecem nas imagens reveladas.
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Nas conversas, eles debatem sobre a possibilidade de ações violentas acontecerem em caso de derrota de Bolsonaro. A possibilidade de oferecer ganhos financeiros a funcionários também chega a ser citada, mas é questionada por um dos participantes da conversa diante da possibilidade de ser considerado um ato ilegal de compra de votos.
A decisão é assinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e é do último dia 19 de agosto. O magistrado também determinou o bloqueio de bens e das redes sociais dos envolvidos, além de autorizar a queda dos sigilos bancários e a tomada de depoimento dos envolvidos.
A PF cumpriu os mandados em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Ceará. Não há mandados de prisão. São alvo dos mandados os empresários:
Afrânio Barreira Filho, do restaurante Coco Bambu;
Ivan Wrobel, da Construtora W3;
José Isaac Peres, da rede Multiplan de Shoppings;
José Koury, do Barra World Shopping;
Luciano Hang, das Lojas Havan;
Luiz André Tissot, Grupo Sierra;
Marco Aurélio Raymundo, da Mormai;
Meyer Joseph Nirgri, da Tecnisa;
O caso foi originado em uma petição impetrada no inquérito que investiga Milícias Digitais.
