Mais um servidor público da Secretaria Municipal e Infraestrutura (Seminf), identificado como Aldemir Costa Salvador, foi preso pela Polícia Civil suspeito de desviar mais de 20 toneladas de asfalto.
Ele seria integrante de uma quadrilha que organizou um esquema para roubar o material do distrito de obras da secretaria, localizado no bairro Santa Etelvina, zona Norte de Manaus.
Segundo a Polícia, essa é a terceira fase da operação que investiga desde o dia 23 de abril deste ano o desvio de asfalto. Até o momento, três pessoas foram presas, duas delas sendo funcionários da pasta.
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De acordo com o delegado Guilherme Torres, há anos que os desvios de asfaltam ocorriam e o esquema só foi descoberto quando a Polícia recebeu informações sobre caminhões que estariam indo ao distrito para fazer a remoção do material para locais desconhecidos.
Os policiais montaram campana no endereço indicado e conseguiram flagrar os criminosos agindo em plena luz do dia. “Percebemos que há um fluxo constante de entrada e saída de caminhões, foi preciso pouco tempo de campana para que a gente pudesse perceber um caminhão que não eram um dos caminhões que prestam serviço para a Prefeitura, encostando, na cara dura mesmo, e pegando de dentro do Distrito de Obras essa massa asfáltica e colocando desse caminhão”, disse Guilherme Torres.
O delegado informou ainda que as toneladas de asfalto eram levadas para balsas e para condomínios e vendidas “a preço de banana”. “O município adquire a tonelada da massa asfáltica por aproximadamente R$ 400, porém, 10 toneladas foram vendidas ao preço de R$ 300 por esses servidores que se aproveitavam dessa vulnerabilidade”, explica o delegado.
A maioria desses condomínios são localizados no bairro Tarumã. Peritos estiveram nesses locais e comprovaram que a massa asfáltica usada neles pertencia à Prefeitura. A polícia também conseguiu imagens que mostram os caminhões chegando nos condomínios para fazer “a entrega” do material.
O caso foi denunciado pela Prefeitura, após o secretário da pasta informar que obras estavam paradas por falta de material que já havia sido adquirido. As investigações continuam para localizar e prender demais integrantes da quadrilha criminosa.
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