A Polícia Federal deflagrou no início da manhã desta quinta-feira (11) a Operação Constantino, que investiga uma organização criminosa que invadia e desmatava terras públicas. De acordo com as investigações, funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) do Amazonas ajudavam a desmatar com o fornecimento de dados para os criminosos.
As propriedades estão localizadas na região sul do estado do Amazonas, e há indícios de que a quadrilha tenha desmatado e comercializado madeira extraída ilicitamente do local.
Segundo a PF, aproximadamente 100 policiais federais cumpriram 4 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão. A operação ocorreu nas cidades de Rio Branco/AC, Manaus/AM e Boca do Acre/AM.
Ainda segundo a Polícia Federal, também são alvos das medidas judiciais as fazendas do grupo localizadas nos municípios de Lábrea/AM e Boca do Acre/AM.
As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Seção Judiciária do Amazonas. A pedido da Polícia Federal, o Poder Judiciário determinou o sequestro de bens dos investigados em cerca de R$ 17 milhões.
No desdobramento da operação, foi descoberto que a organização criminosa contava com a participação de servidores públicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) do Amazonas e isso ajudava o grupo a desmatar. Os servidores atuavam no sentido de “esquentar” essas terras no acervo patrimonial dos criminosos integrantes do esquema.
Mais de nove mil hectares de terras pertencentes à União foram identificados durante as investigações. A organização criminosa é responsável pelo desmatamento de aproximadamente 4.000 hectares.