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Governo do AM reforça combate à crimes ambientais

por policia24h
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Na manhã desta segunda-feira (16), durante coletiva de imprensa, realizada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o governador Wilson Lima anunciou a entrega de novos equipamentos, avaliados em mais de R$ 615 mil, para estruturar brigadas no sul do estado e falou sobre a continuidade da Operação Tamoiatatá.

Estiveram presente no evento secretários estaduais, equipes de fiscalização ambiental e segurança pública, que atuam de forma integrada na Operação Tamoiotatá, deflagrada inicialmente no mês de abril desde ano, nos municípios do chamado arco do desmatamento, com objetivo de reforçar o combate ao desmatamento e queimadas ilegais no Amazonas.

Operação Tamoiotatá

A força-tarefa da Operação Tamoiotatá passará a contar com 312 servidores e brigadistas para fortalecer o combate ao desmatamento e às queimadas ilegais, entre 137 servidores do Estado e 175 brigadistas florestais capacitados pelo governo. Além de novas tecnologias de monitoramento.

Do total, 200 ficarão divididos em três bases, localizadas em Apuí, Humaitá e Lábrea (a 453, 590 e 702 quilômetros de Manaus, respectivamente), ampliando a cobertura contra a degradação ambiental na região sul do Amazonas, considerada de maior vulnerabilidade no estado para crimes contra o meio ambiente relacionados à grilagem, uso irregular de terras, extração ilegal de madeira e garimpo.

O restante corresponde a 112 brigadistas florestais, capacitados pelo Governo do Estado para atuar na contenção de pequenos e médios focos de calor, que também vão integrar as equipes da Operação Tamoiotatá em outras cidades. O reforço será para os municípios de Manicoré (20 brigadistas), Novo Aripuanã (24 brigadistas), Boca do Acre (38 brigadistas) e Canutama (30 brigadistas).

“Nós estamos em situação de emergência ambiental. Estamos hoje inaugurando a segunda etapa da Operação Tamoitatá e alinhando o trabalho de agentes, de brigadistas e o uso da tecnologia para identificar os focos de desmatamento e queimadas. Tem muita gente agindo na ilegalidade, grilando terras e prejudicando aqueles que estão produzindo e que tentam todos os dias se regularizar para desenvolver uma atividade econômica. Sabemos da importância que tem a Amazônia para o Brasil e para o mundo, por isso há uma necessidade urgente de que a gente aja de forma firme e pesada contra esses que vem de outras regiões do Brasil para promover a destruição, desmatamentos e queimadas aqui na nossa região”, comentou Wilson Lima.

A operação Tamoiotatá foi lançada em abril de 2021 e já embargou um total de 5.715 hectares de área desmatada de forma irregular no sul do Amazonas, o equivalente a cerca de oito mil campos de futebol. Os crimes ambientais resultaram em R$ 31,1 milhões aplicados em autos de infração.

Durante a operação, no município de Humaitá, o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb), da PMAM, fez a maior apreensão de carga ilegal de madeira deste ano, até o momento. Em um porto particular, foram encontrados cerca de 600 metros cúbicos de madeira, extraídos de forma criminosa da floresta amazônica, para serem vendidos nos estados de Minas Gerais e Santa Catarina. A carga foi avaliada em R$ 2 milhões.

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Equipamentos entregues às forças de segurança

Ao todo, será entregue mais de 4,6 mil itens operacionais e equipamentos que vão auxiliar o trabalho em campo de equipes da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBAM), Defesa Civil do Estado, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), além de brigadistas capacitados pelo Governo do Estado.

Entre os itens entregues estão os abafadores, óculos de proteção e bolsas de hidratação e foram adquiridos pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), por meio do projeto “Floresta Viva”, que conta com verbas repatriadas da operação “Lava Jato”.

O reforço de efetivo contará com equipes da Sema, Ipaam, SSP-AM, PMAM, CBMAM e da Foça Nacional de Segurança, que integrará as ações do Estado por meio da Operação Guardiões do Bioma.

Também terá a participação de servidores da Polícia Civil do Amazonas, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema); e das Secretarias Executiva-Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi), de Operações (Seaop) e de Inteligência (Seai), vinculadas à SSP-AM.

Por: Pedro Tukano

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