...

Operação da PF busca o cumprimento de quatro mandados

por Raphael
...

A terceira fase da Operação Sangria, deflagrada na manhã desta segunda-feira (30), em Manaus, pela Polícia Federal (PF) tem por objetivo o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), todos na capital do Amazonas/AM, afirmou a entidade. São investigados fatos relacionados a possíveis práticas de crimes como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, a partir das provas coletadas nas fases anteriores, identificou-se que funcionários do alto escalão da Secretaria de Saúde do Amazonas direcionaram uma licitação em favor da empresa investigada, cujo objeto seria a aquisição de respiradores pulmonares, sob orientação da cúpula do Governo do Estado.

Ainda segundo a PF, os respiradores pulmonares já teriam sido adquiridos antes mesmo da abertura da licitação, em outro Estado. Em seguida, o próprio Governo do Amazonas trouxe, mediante transporte aéreo, os equipamentos adquiridos pela empresa, custeando o frete.

Com a chegada dos respiradores pulmonares em Manaus/AM, a empresa, mediante acerto, repassou os equipamentos à adega que os revendeu ao Governo após a dispensa de licitação. Assim, a distribuidora de bebidas entregou os produtos que a empresa investigada já tinha adquirido de fornecedores e o próprio Governo do Amazonas os transportou para Manaus/AM no dia anterior à contratação da empresa de vinhos.

As triangulações realizadas entre as empresas investigadas, bem como o fretamento aéreo dos respiradores pulmonares custeado pelo Governo do Amazonas, aumentaram a margem de lucro ilícita dos investigados, cita a PF, destacando que no Edital de dispensa de licitação é explícito que tais custos deveriam ficar à cargo da empresa contratada, e não do Governo.

Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, pertencimento a organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de até 30 anos de reclusão.

O nome da operação é uma alusão às suspeitas de que uma revendedora de vinhos tenha sido utilizada para desviar recursos públicos que deveriam ser destinados ao sistema de saúde.

Leia Também

Quem Somos?

Somos jornalistas especializados em cobertura policial. Estamos no rastro dos crimes, acidentes e de todos os fatos policiais. Nós podemos até errar, mas tenha certeza que iremos corrigir!

©2022 Todos os Direitos Reservados.