A Polícia Federal deflagrou a Operação Murus Viridis para combater o garimpo ilegal no Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. A ação destruiu maquinários e estruturas usados na extração ilegal de minérios em áreas de floresta.
Foram destruídas seis escavadeiras hidráulicas, três caminhões, nove motoresbombas, três motocicletas e seis caixas separadoras. Também foram demolidos 16 barracões, além da apreensão de oito mil litros de óleo diesel e uma antena de internet via satélite Starlink.
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Operação da PF destrói garimpo ilegal no Amazonas
A operação contou com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Força Nacional. O objetivo foi desarticular a estrutura de garimpos ilegais que vinham degradando áreas de preservação ambiental.
Segundo a PF, os responsáveis pelo esquema já estão sendo investigados. As autoridades apuram a ligação dos garimpeiros com o crime organizado, inclusive com possíveis financiadores e líderes da atividade criminosa.
Garimpo ilegal avança sobre áreas protegidas
O garimpo ilegal tem crescido de forma alarmante na região Norte. De acordo com dados do MapBiomas, a mineração ilegal cresceu mais de 600% na Amazônia nos últimos anos.
Além dos danos ambientais, o garimpo está associado a trabalho escravo, tráfico de drogas e violência armada. A presença de antenas Starlink facilita a comunicação dos criminosos em áreas remotas, dificultando a fiscalização.
Repressão ao crime ambiental segue em alta
Nos últimos meses, a PF intensificou operações contra crimes ambientais. Em abril, uma ação semelhante destruiu garimpos ilegais em terras indígenas no Pará, com apoio do Ibama e do Exército.
A repressão a essas atividades é parte de uma estratégia nacional para conter o avanço da destruição ambiental na Amazônia Legal. O governo federal promete manter a pressão sobre os infratores.
Próximos passos da investigação
Agora, a Polícia Federal trabalha para identificar os mandantes por trás dos garimpos. O foco está nos financiadores e nas conexões com facções criminosas que atuam na região.
A expectativa é que novas fases da operação sejam deflagradas em breve. As investigações seguem em sigilo, mas já há indícios de que o esquema envolvia logística interestadual e lavagem de dinheiro.