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PC-AM desarticula quadrilha que agia com criptomoedas

por Raphael
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A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deflagrou a Operação Blockchain Fake para cumprir mandados de busca e apreensão com intuito de desarticular uma organização criminosa que atua com esquemas financeiros envolvendo criptomoedas, em especial, Bitcoins. O prejuízo causado pelo grupo está avaliado em aproximadamente R$ 100 milhões.

A ação ocorreu nas primeiras horas da manhã deste sábado (27/11), por meio das equipes da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), em zonas distintas de Manaus, capital amazonense. Ao longo da sexta-feira (26/11), a operação também foi deflagrada nas capitais Brasília e São Paulo, ocasião em que dois veículos de luxo foram apreendidos, sendo uma Ferrari Spider e uma McLaren, avaliadas em R$ 5 milhões.

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Durante coletiva de imprensa realizada na sede da DERFD, no bairro Alvorada, zona centro-oeste, o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Tarson Yuri Soares, destacou o trabalho realizado pelas equipes policiais, que cumpriram oito mandados de busca e apreensão em zonas distintas de Manaus, e apreenderam diversos objetos da organização criminosa.

“O trabalho da Polícia Civil é esse, de atuar no combate a esses criminosos e levar mais segurança e proteção para a nossa população amazonense”, enfatizou o delegado-geral adjunto.

Foram apreendidos, em Manaus, cinco veículos de luxo, avaliados em R$ 6 milhões, notebooks, pendrives, computadores, documentos diversos, caderneta de anotações e dinheiro em dólar e euro. O titular da DERFD, Dênis Pinho, destacou que as investigações em torno do caso devem continuar.

O delegado, que coordenou a ação, relatou que as investigações em torno do grupo criminoso iniciaram há cerca de cinco meses. No decorrer da investigação, os policiais descobriram que eles lavavam dinheiro com lojas de veículos importados e simulavam as compras dos carros de luxo.

“Percebemos que eles utilizavam essa manobra, mas nenhum desses automóveis eram colocados no nome deles. Foi uma investigação complexa, pois trata-se de uma matéria nova, em que eles se passavam por investidores de criptomoedas, inclusive utilizando uma rede segura com criptografia para transitar os dados. Os criminosos pegavam o dinheiro das vítimas com a promessa de que o valor cresceria cerca de 10% ao mês, porém, as deixavam no prejuízo”, detalhou o delegado.

A operação contou com o apoio do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e delegacias especializadas em Homicídios e Sequestros (DEHS), Combate à Corrupção (Deccor) e Roubos e Furtos de Veículos (DERFV), além do 16º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e das equipes da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Copatri), da Divisão de Capturas e o Garras da Polícia Civil de São Paulo (PCESP), e da inteligência da Polinter da Polícia Civil do Mato Grosso (PC-MT).

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