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PF nas ruas: Operação Roque combate facção criminosa no Amazonas

Mandados foram cumpridos em Manaus contra advogados suspeitos de intermediar comunicações ilícitas no sistema prisional
por policia24h
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  • A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Amazonas deflagrou nesta quinta-feira (6/11) a Operação Roque em Manaus.
  • A ação, ligada à Operação Xeque-Mate, combate um núcleo jurídico e operacional de facção no sistema prisional.
  • Foram cumpridos mandados e apreendidos equipamentos e valores; a Polícia Federal integra a FICCO/AM.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Amazonas (FICCO/AM) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6/11), a Operação Roque, em Manaus. A ação cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal do Amazonas.

De acordo com a Polícia Federal, a operação é um desdobramento da Operação Xeque-Mate e tem como principal objetivo desarticular o núcleo jurídico e operacional de uma facção criminosa com atuação dentro e fora dos presídios do estado.

Facção usava advogados para comunicações ilícitas

As investigações apontaram que profissionais com acesso ao sistema prisional vinham simulando atos de advocacia para facilitar comunicações ilícitas e repasses financeiros entre lideranças internas e externas. Essas comunicações garantiam a continuidade de ordens criminosas com alcance interestadual e até transnacional.

Durante a operação, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB-AM), acompanharam as ações para assegurar o cumprimento das garantias legais e o respeito às prerrogativas individuais.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e profissionais localizados em Manaus. As equipes apreenderam equipamentos eletrônicos, mídias digitais, documentos e valores em espécie, todos encaminhados para perícia técnica.

Estrutura criminosa mantinha hierarquia prisional

Segundo informações da FICCO/AM, a estrutura da facção permitia a manutenção da hierarquia criminosa dentro e fora das unidades prisionais. A rede também era responsável por coordenar represálias, pactos interestaduais e repasses financeiros ilegais.

As prerrogativas de atuação jurídica eram utilizadas de forma indevida para ocultar a comunicação entre os líderes da organização, o que dificultava o trabalho das forças de segurança.

Força integrada reúne diversas instituições

A FICCO/AM é composta por diversas instituições, incluindo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Polícia Civil, Polícia Militar do Amazonas, Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência, Secretaria de Administração Penitenciária e a Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social.

O grupo atua em ações conjuntas voltadas à prevenção, repressão e desarticulação do crime organizado e da criminalidade violenta no estado. A integração das forças busca fortalecer o combate às organizações criminosas e aumentar a eficiência das operações.

Desdobramentos e próximos passos

Os materiais apreendidos durante a Operação Roque serão submetidos à análise pericial. A expectativa é que novas provas reforcem as investigações iniciadas na Xeque-Mate e contribuam para a abertura de novas frentes de apuração sobre o uso indevido de prerrogativas profissionais no sistema prisional.

As autoridades reforçaram que a operação buscou preservar a lisura do exercício da advocacia, ao mesmo tempo em que responsabiliza indivíduos que se aproveitaram da atividade para facilitar ações criminosas.

Colaboração institucional e transparência

Durante a execução das medidas judiciais, a presença da OAB-AM garantiu acompanhamento independente, promovendo transparência e controle institucional das ações policiais. Segundo fontes, a FICCO/AM reforça o compromisso com o Estado Democrático de Direito e com a observância das normas constitucionais.

Os resultados da Operação Roque deverão ser apresentados em coletiva de imprensa nos próximos dias, com detalhamento das próximas etapas e eventuais novas diligências.

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